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SP vê casos de coqueluche dobrarem em 2024; prefeitura nega surto

Em 2024, foram registrados 17 casos sem mortes, contra oito durante todo o ano passado. Não houve mortes pela doença

Da Redação

Vacinação
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Governo de SP/Divulgação

A Secretaria Municipal de Saúde tem monitorado casos de coqueluche na cidade de São Paulo. Nos quatro meses de 2024, já há o dobro dos registros relativos à 2023. Apesar dos dados, a pasta nega que haja um surto da doença na capital paulista

Em 2024, foram registrados 17 casos sem mortes, contra oito durante todo o ano passado, também sem óbitos. Esses casos foram registrados principalmente nas zonas oeste e sul da capital paulista: Alto de Pinheiros (3), Itaim Bibi (1), Jardim Paulista (1), Pinheiros (1), Santa Cecília (1), Cursino (2), Sacomã (2), Vila Mariana (1), Vila Andrade (1), Jardim Ângela (2), Lajeado (1) e Jardim São Luiz (1).

Especialistas apontam que a baixa adesão vacinal seria uma das razões do aumento dos casos. Informações do Sistema de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam que, em 2021, o país vacinou 93,81% do público-alvo. Em 2022 esse índice caiu para 77,25% para a vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche.

Essa vacina deve ser dada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses, com reforço aos 15 meses e aos 4 anos, segundo recomendação do Ministério da Saúde. 

A imunidade, no entanto, não é permanente, o que aumenta a importância dos reforços nos adultos a cada dez anos.

O que é a coqueluche?

A coqueluche é provocada por uma bactéria e provoca uma tosse comprida, secas com som agudo. Além dos sintomas, ela pode causar pneumonia, convulsões e comprometimento do sistema nervoso, e até levar à morte.

A transmissão se dá por via respiratória e por gotículas de saliva quando a pessoa fala, tosse ou espirra. O perídio de incubação pode variar entre quatro a 21 dias.

O tratamento é feito com antibióticos e, quanto mais precoce, maior a chance de reduzir a gravidade e a transmissão.

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