Sete meses após o desabamento de uma marquise do prédio de Educação Física do campus do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro, alunos da graduação seguem sem previsão de retorno das aulas dos horários curriculares. Como as disciplinas contam com atividades práticas, não foi possível organizar o ensino à distância, segundo representantes da instituição. Na época do desabamento, a Defesa Civil e técnicos da própria universidade interditaram parcialmente o edifício.
Apenas uma parte foi liberada, que hoje é usada para atividades complementares e projetos de extensão. Estudantes chegaram a ter aulas da graduação na parte do prédio liberada, mas a universidade concluiu que não havia condições para o retorno das aulas sem vestiários, banheiros e segurança adequada aos alunos.
O professor do curso de Educação Fisico Marcelo Melo reclama da falta de investimentos para a manutenção do prédio.
As aulas de todos os cursos da UFRJ começaram no dia 18 de março. No caso dos alunos de Educação Física, o retorno chegou a ser agendado para o dia 1º de abril, o que não ocorreu, por decisão da própria Escola de Educação Física.
Segundo a diretora do curso de Educação Física da UFRJ, Katya Gualter, outras atividades seguem funcionando desde o dia 18, como projetos de extensão.
Procurada pela reportagem, a universidade disse as atividades não foram retomadas porque as obras ainda estão em andamento. A previsão atual é do retorno total dos alunos no dia 24 deste mês, mais de um mês após o início do ano letivo na UFRJ. A instituição disse ainda que os trâmites processuais para a execução do escoramento externo das marquises estão em fase de finalização.
