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Aliados, Israel e EUA começam a se distanciar por guerra em Gaza

O que disse Biden que causou tantas reações? “Deixei claro para Netanyahu que não terão nosso apoio se, de fato, atacarem centros populacionais”

Por Moises Rabinovici

Joe Biden e Benjamin Netanyahu
Joe Biden e Benjamin Netanyahu
REUTERS/Evelyn Hockstein

Um novo front está se abrindo na guerra em Gaza: EUA X Israel. Por enquanto, o tiroteio é verbal, fogo amigo, depois do primeiro golpe que suspendeu um carregamento de bombas para o exército israelense, esta semana.

Para um novo assalto, o presidente Joe Biden tem no gatilho a suspensão de armamento ofensivo para Israel, caso em que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu cruze a “linha vermelha” em Rafah, o que acontecerá se as tropas marcharem com tanques e aviões da fronteira com o Egito, onde estão, para a cidade em que sobrevivem mais de 1 milhão de palestinos.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Bem Gvir, líder do partido de extrema direita Otzma Yehudit (Poder Judeu), tuitou: “o Hamas??Biden”. O chanceler Israel Katz declarou: “A luta contra o Hamas não vai parar”. Para Donald Trump, “o crooked (corrupto) Joe está do lado dos terroristas”. 

O que disse o presidente Biden que causou tantas reações? “Deixei claro para Bibi (Netanyahu) e para o Gabinete de Guerra que não terão nosso apoio se, de fato, atacarem centros populacionais”. 

Mas ele também assegurou que os EUA vão continuar abastecendo Israel de Iron Dome e outras armas defensivas.

O líder da oposição israelense, Yair Lapid, comentou que “não era para chegar a este ponto”, um novo front se abrindo com os EUA. 

“O primeiro-ministro, um minuto depois que os americanos anunciaram nos terem dado 14 milhões de dólares, estava no Yad Vashem (o museu do holocausto), onde disse: se Israel tiver que ficar sozinho, ficará sozinho. Os americanos se ofenderam”.

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