O transporte público por barcos na represa de Guarapiranga, no extremo sul de São Paulo, promete reduzir o tempo de viagem para quase 400 mil passageiros na região. A Justiça liberou a operação do ‘Aquático São Paulo’, mas, quem ganhou a concessão foi a Transwolff, acusada de ligação com o PCC.
Segundo investigações do Ministério Público, a empresa que ganhou a licitação em 2019 é uma das suspeitas de participar de um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado. A data para começo das operações ainda não foi definida.
A empresa está sob investigação da prefeitura, junto com a Up Bus. As duas empresas atendem a mais de 700 mil passageiros por dia. Juntas, elas faturaram mais de R$ 800 milhões em 2023.
As sedes e dirigentes das empresas foram alvos de uma megaoperação de combate às finanças do PCC. O MP estima que o faturamento anual do PCC seja de cerca de R$ 1 bilhão. Para ocultar o dinheiro, a facção utiliza métodos complexos e setores da economia para ocultar recursos.
No caso dos ônibus em São Paulo, segundo o MP, as empresas só conseguiram ganhar contratos com a prefeitura porque usaram dinheiro do crime organizado.