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Empresa suspeita de ligação com o PCC vai operar transporte hidroviário em SP

Operação no extremo sul da capital paulista será feita pela Transwolff, que estaria em esquema de lavagem de dinheiro da facção

Por Rodrigo Hidalgo

Transwolff é suspeita de ter ligação com o PCC
Transwolff é suspeita de ter ligação com o PCC
Reprodução/Brasil Urgente

O transporte público por barcos na represa de Guarapiranga, no extremo sul de São Paulo, promete reduzir o tempo de viagem para quase 400 mil passageiros na região. A Justiça liberou a operação do ‘Aquático São Paulo’, mas, quem ganhou a concessão foi a Transwolff, acusada de ligação com o PCC. 

Segundo investigações do Ministério Público, a empresa que ganhou a licitação em 2019 é uma das suspeitas de participar de um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado. A data para começo das operações ainda não foi definida. 

A empresa está sob investigação da prefeitura, junto com a Up Bus. As duas empresas atendem a mais de 700 mil passageiros por dia. Juntas, elas faturaram mais de R$ 800 milhões em 2023. 

As sedes e dirigentes das empresas foram alvos de uma megaoperação de combate às finanças do PCC. O MP estima que o faturamento anual do PCC seja de cerca de R$ 1 bilhão. Para ocultar o dinheiro, a facção utiliza métodos complexos e setores da economia para ocultar recursos. 

No caso dos ônibus em São Paulo, segundo o MP, as empresas só conseguiram ganhar contratos com a prefeitura porque usaram dinheiro do crime organizado. 

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