O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, admitiu nesta sexta-feira (26) que a equipe que atendeu o acidente envolvendo uma Porsche e um carro por aplicativo errou ao não prender Fernando Sastre de Andrade Filho em flagrante.
Para o governador, havia outras maneiras de atestar que o empresário estava alcoolizado, além do bafômetro. “Você quando vai fazer a detecção da alcoolemia, você pode fazer de outras formas, a equipe poderia ter identificado o problema. Há outros meios para isso, a legislação dá amparo para isso. Então a equipe poderia ter feito o flagrante e nesse ponto a equipe falhou”, citou Tarcísio.
Sobre as câmeras corporais, que mostraram os policiais liberando Fernando Sastre para ir ao hospital com a mãe e o tio, Tarcísio citou que o projeto será ampliado. “Vamos fazer uma contratação com equipamentos com mais funcionalidades, com a lógica do Muralha Paulista e esperamos uma redução do valor e estamos estruturando isso para ser lançado em maio com ampliação do número de câmeras”, afirmou.
Sindicância reconhece erro dos PMs
Os policiais militares falharam ao não fazer o teste do bafômetro no motorista da Porsche Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, após colisão com um Renault Sandero, que provocou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a Polícia Militar chegou à conclusão da falha a partir da análise das imagens das câmeras corporais dos agentes. Um procedimento foi aberto para a responsabilização dos policiais na esfera administrativa.
“A SSP informa que a sindicância aberta pela Polícia Militar concluiu, a partir da análise das imagens de câmeras corporais, que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam a ocorrência pelo fato do motorista não ter sido submetido ao teste de alcoolemia. Diante disso, foi aberto um procedimento para a responsabilização dos policiais na esfera administrativa”, informou em comunicado.
A pasta também reforça que os laudos da perícia e as imagens das câmeras corporais também foram entregues à Polícia Civil. “Nos próximos dias será realizada uma reconstituição 3D para auxiliar no trabalho de investigação, que está na fase final. O caso está sob segredo de Justiça e detalhes serão preservados”, finalizou.
Porsche a 156 km/h
Fernando Sastre de Andrade Filho estava dirigindo um Porsche a 156 quilômetros por hora no momento em que colidiu em um Renault Sandero, acidente matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos.
“A perícia da velocidade média do Porsche indicou que o veículo estava a mais de 150 km/h instantes antes do acidente. O Ministério Público de São Paulo pediu perícia scaner em 3D para elucidar o acidente com detalhes”, disse o MPSP em nota enviada à Band.