Jornal da Band

Chuva e ventania marcam 8º dia de tragédia no RS e dificultam resgate na capital

Voluntários atenderam alertas da prefeitura da capital e interromperam os trabalhos de resgate nesta tarde, devido aos ventos fortes e previsão de raios

Da redação

Voluntários se esforçam em resgates no Rio Grande do Sul
Voluntários se esforçam em resgates no Rio Grande do Sul
Diego Vara/Reuters

A chuva chegou forte, nesta quarta-feira (8), em Porto Alegre e em algumas cidades da Região Metropolitana. Voluntários atenderam alertas da prefeitura da capital e interromperam os trabalhos de resgate nesta tarde, devido aos ventos fortes e previsão de raios. Bombeiros, por outro lado, não pararam.

Depois da pancada de chuva, os voluntários continuaram o socorro. Os ventos, porém, dificultavam a retirada das pessoas das casas. Um motorista de tratar e voluntário descreveu à Band como é o trabalho árduo.

É um trabalho de formiguinha, continuamente, diurnamente, de noite, de dia, de madrugada. Não tem hora (Daniel Farias, voluntário)

Família se abriga em ponte

A Adriana Freitas está com o marido, filhos e animais de estimação estão abrigados numa ponte de Porto Alegre. A casa da família foi coberta pela água. Eles já passaram pela casa de um vizinho e chegaram a ficar na arena do Grêmio, mas tudo também invadido pela enchente.

“Eu fico acordada a noite toda, com medo, porque essa ponte balança toda hora. Tenho medo que ela cai também”, disse Adriana.

Redução do Guaíba depende da chuva

Apesar do nível do Guaíba ter baixado 20 centímetros, nas últimas 24 horas, muitas ruas que, na última terça-feira (7), estavam secas, nesta quarta-feira (8), ficaram alagadas. Esse especialista explica que a água deve baixar, mas que o ritmo dessa queda vai depender da chuva.

“Existe uma previsão de chuva que pode ser volumosa no interior do estado. Então, existe a tensão para essa região, para os rios dessa região. Se essa chuva se confirmar, essa cheia vai chegar aqui ao Guaíba. Vai haver uma espécie de repique. Aquilo que o Guaíba reduziu nos seus níveis pode voltar a se elevar para casa dos 5 metros novamente”, explicou o professor Rodrigo Paiva, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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