Em um raro consenso, deputados democratas e republicanos aprovaram um novo pacote financeiro de US$ 95 bilhões em ajuda militar à Ucrânia, Israel e Taiwan. Porém, no meio do projeto, foi inserido um parágrafo que prevê o banimento do TikTok nos Estados Unidos.
A estratégia foi adotada pelo presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, já que o texto votado em março deste ano está parado no Senado. Como as votações de pacotes de ajuda a nações aliadas tramitam rapidamente em Washington, a expectativa é de que o “Jabuti”, envolvendo o TikTok, seja finalmente aprovado pelos senadores.
A cruzada contra a rede social chinesa é vista como impopular. A plataforma tem mais de 170 milhões de usuários aqui nos Estados Unidos. Só no ano passado, a rede social foi responsável por mais de US$ 16 bilhões em vendas de produtos.
Pelo projeto, a Byte Dance, controladora do TikTok, tem até 12 meses para achar um comprador nos EUA. Se isso não acontecer, a rede social será banida do país.
Defensores do cerco, alegam que os dados dos usuários são repassados para o governo chinês, o que coloca em risco a segurança americana. A big tech chinesa acusa a Câmara dos Estados Unidos de ferir a liberdade de expressão e de violar o direto de livre escolha dos americanos. A empresa ainda afirmou que já investiu mais de US$ 1,5 bilhão em projetos que garantem a privacidade dos dados dos usuários.