Jornal da Band

Uma em cada quatro famílias sofreu com insegurança alimentar em 2023, diz IBGE

Este índice corresponde a quase 27,6% dos lares do país, o que apresenta uma queda em comparação com 2018

Por Filipe Peixoto

Uma em cada quatro famílias sofreu com insegurança alimentar em 2023, aponta IBGE
Uma em cada quatro famílias sofreu com insegurança alimentar em 2023, aponta IBGE
Agência Brasil

A insegurança alimentar ainda atingiu uma em cada quatro famílias sofreu com insegurança alimentar em 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (25).

Este índice corresponde a quase 27,6% dos lares do país. O número também demonstra um avanço na luta contra a fome no Brasil, que em 2018 tinha 36,7% das famílias com algum grau de insegurança alimentar.

Ainda que seja possível constatar uma melhora nesse cenário, o desperdício ainda é um problema que impede que a comida chegue aos cidadãos. Do total de alimentos produzidos no mundo, cerca de 14% são perdidos e 17% desperdiçados. Essa quantidade é suficiente para alimentar cerca de 1 bilhão de pessoas, segundo as Nações Unidas.

Segundo analistas do IBGE, os principais fatores que ajudaram a diminuir a insegurança alimentar no Brasil foram a melhoria do mercado de trabalho, a ampliação de programas sociais que distribuem renda e a redução no preço dos alimentos em 2023.

Ainda de acordo com o IBGE, entre 2018 e 2023, houve uma pequena redução da prevalência de insegurança alimentar moderada e manutenção do patamar de insegurança alimentar grave.

Para o índice continuar caindo, algumas medidas ajudam: como aumento do salário mínimo, corte de impostos sobre alimentos básicos e redução no desperdício de comida.

 Para José Graziano da Silva, presidente do Instituto Fome Zero, o Brasil precisa de uma política de segurança alimentar para acabar de vez com a fome no país.

“À estrutura de política de segurança alimentar não tem isso ainda, não tem um lugar no município que você possa bater à porta se você tiver uma família com fome. É uma política que falta unificar no Brasil”

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