O Brasil deve colher, no ciclo 2024/2025, a maior safra de grãos da sua história, em torno de 325 milhões de toneladas - 166 milhões de toneladas só de soja, de acordo com a projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, alguns problemas - que são antigos - preocupam o setor.
Quase metade da safra plantada em Mato Grosso já foi colhido (47%) e em Goiás, a colheita já avança para 24% sobre a área cultivada e, no Paraná, a colheita da soja já está em 33%. No ano passado, nesta mesma época do ano, a colheita já estava em 29% e neste ano, a colheita está em 25% em todo o Brasil. “O início da colheita foi mais lento, devido às chuvas, mas na última semana, o avanço foi rápido e deve continuar assim, o que acelera a colheita e o plantio da safrinha”, explica o consultor Donalvam Maia, da Fox Consultoria.
Na região sul do país, a preocupação vem do clima. A estiagem severa que atinge o Rio Grande do Sul deve provocar uma quebra de mais de 60% das lavouras. Na região centro-oeste, foi a chuva de granizo que atingiu lavouras de soja que prejudicou as plantações, já em ponto de colheita. Neste caso, o prejuízo é estimado em 50%, segundo o presidente do sindicato rural de Rio Verde, Olavo Teles. No Distrito Federal, uma carreta carregada com soja quebrou, e a carga ficou toda espalhada no meio da pista.
O Agro Band desta terça-feira (18) mostra que além do trabalho no campo, a safra depende de outras etapas que estão além das porteiras da fazenda, como o transporte e o armazenamento, que ainda é deficitário no Brasil. A bordo de uma carreta de soja, o repórter Sebastião Garcia acompanha o trajeto e mostra quais são os principais desafios para escoar a soja no Brasil.
No setor de transportes, o custo do frete e a situação das estradas no Brasil representa o maior peso no bolso do transportador, o caminhoneiro. O João Hélio França, experiente caminhoneiro, conta que a situação das estradas no interior do Brasil provoca atrasos nas entregas de cargas, além de problemas mecânicos no veículo.