
Após 15 anos de análises, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reconheceu como oficial do Brasil a raça de ovinos Soinga, a primeira considerada um ‘ecotipo’, ou seja, uma raça adaptada às condições específicas de uma região. No caso da Soinga, o clima do bioma Caatinga.
A Soinga foi criada pelo médico veterinário José Paz de Melo, a partir do cruzamento de ovinos das raças Morada Nova, Bergamácia Brasileira e Somalis Brasileira. Conforme relatório de homologação da raça, publicado no Diário Oficial da União em janeiro, o Brasil tem um rebanho de cerca ed 4 mil animais, principalmente na região oeste do Rio Grande do Norte.
De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), a raça também está presente em regiões da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, mas em menor número. Com a entrada da soinga, a Arco passa a ser detentora do registro genealógico de 32 raças.
Ovinos Soinga são de médio porte, podendo chega a pesar até 70 quilos, resistente à seca, fértil e tem aptidão para a produção de carne. Sua carne é marmorizada, considerada bastante saborosa e pode ser preparada de diversas formas. Em geral, o animal Soinga tem as mesmas características físicas: é branco com a cabeça preta e uma entrada na área dos olhos.
Uma das características mais marcantes dos Soinga é a capacidade de adaptação, tanto à seca extrema típica da caatinga como a períodos de chuvas sem que suas funções sofram danos.