Empresa cria cerca virtual para vacas não escaparem do pasto

Criadores da cerca elétrica, tecnologia que revolucionou a pecuária nos anos 1960, família neozelandesa Gallagher aposta agora na cerca virtual

Empresa cria cerca virtual para vacas não escaparem do pasto
Colar cria uma cerca virtual e orienta o boi a pastar em área apropriada
Divulgação/Gallagher

A cerca elétrica revolucionou o manejo no campo nos anos 1930 e tudo aconteceu por culpa de um cavalo! William Bill Gallagher Sr, um pecuarista da Nova Zelândia, estava inconformado que um de seus cavalos adentrava a área da garagem da sua casa para se esfregar em seu carro. O pecuarista, então, usou a ignição do automóvel para criar uma barreira elétrica para o animal. O cavalo parou de estragar o carro do homem e ele teve a ideia de aprimorar o projeto criando uma empresa que desenvolveu a cerca eletrificada. Agora, a Gallagher aposta em outra revolução, a cerca virtual.

Se, naquela época, os animais entenderam que o choque era o sinal claro de que não deveriam ultrapassar os limites, os bovinos de agora também devem compreender os avanços da tecnologia. O e-shepherd é um colar que, quando colocado no animal, age como um guia, orientando o bovino para áreas onde ele pode ou deve circular, com pastagens mais adequadas ou guiando-os para áreas de manejo.

O colar funciona com energia solar e possui um GPS. É ele que cria cercas virtuais no pasto. Se o animal adentra uma área inapropriada, o dispositivo emite um som para que ele retorne à área delimitada. 

O e-shepherd foi lançado há nove meses, mas a tecnologia tem recebido melhorias como o acréscimo de serviços de monitoramento das condições físicas do gado, que emite sinais aos dispositivos do gestor quando há alterações, além de interações com a pecuária de precisão. 

O colar já está à venda nos Estados Unidos, na Austrália e no Chile, além da Nova Zelândia. Na semana passada, a Gallagher anunciou que abrirá um escritório no Brasil, localizado na região centro-oeste, no ano que vem e o objetivo é aumentar a participação dos países da América do Sul, de atuais 3% para 10% nos próximos quatro anos nos negócios da empresa. 

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