
A Silmara teve uma infância marcada pela perda da mãe e pela violência do pai em casa. Desesperada, optou por fugir e se casou para tentar mudar de vida, mas logo o casamento de tornou abusivo. Eles tiveram seis filhos e Silmara encontrou sentido na maternidade.
Porém, mais um obstáculo apareceu. Ela tinha uma doença genética rara e todos os filhos nasceram com câncer. Infelizmente, ela perdeu 4 anjinhos, Wendy, Natallya, Alerrandro e Leonardo. Além disso, foi abandonada pelo marido e enfrentou dificuldades financeiras.
Veja mais uma história emocionante do “Quem Ama Não Esquece”:
Às vezes, a vida nos coloca diante de desafios que parecem impossíveis de enfrentar, mas são nesses momentos que descobrimos uma força que nem sabíamos que existia, porque ser forte, muitas vezes, é a única opção.
Tive uma infância muito difícil. Só eu e meus irmãos sabemos o que passamos quando éramos crianças. Minha mãe morreu quando eu tinha apenas 6 anos e ficamos com meu pai, que era um monstro. Ele era um homem horrível, violento, que bebia muito e era tão agressivo que, muitas vezes, precisávamos pular a janela de casa para dormir fora.
Infelizmente, as coisas só pioravam a cada dia e, quando ele decidiu que todas as filhas deveriam ser suas "mulheres", fugimos de casa de vez.
Para escapar daquele inferno, acabei me casando aos 13 anos. Foi por sobrevivência. Pura sobrevivência. E só não digo que foi uma péssima escolha porque, graças a isso, consegui sair daquela casa. Mas, a verdade é que meu marido também era uma pessoa muito difícil. Nunca tive apoio, carinho ou atenção dele, e nós apenas vivíamos por viver, sem planos, sonhos ou objetivos.
Minha vida só começou a ganhar cor quando engravidei pela primeira vez, do Rafael. Dois anos depois, engravidei novamente, dessa vez dos gêmeos Alerrandro e Leonardo. Esses meninos não mudaram meu casamento, que continuou horrível, mas deram sentido à minha vida e trouxeram felicidade pela primeira vez.
Como eu não tinha estudo, trabalhava na roça para sustentar meus filhos, já que o pai deles não queria saber de trabalho. A vida do meu marido se resumia a mexer com carro velho e vagabundear por aí.
Alguns anos depois, engravidei novamente, mas, para minha surpresa, quando fiz o ultrassom, descobri que não era apenas um bebê, eram três. Três meninas!
Eu, que já tinha três meninos, agora esperava três meninas: Wendy, Kauany e Natallya. Claro, foi um susto, uma preocupação, já que nossa vida não era fácil e morávamos em uma casa pequena, mas nunca reclamei e aceitei minhas meninas como mais um presente.
O tempo passou, e eu vivia bem ao lado dos meus filhos, mas as coisas mudaram assim que as trigêmeas completaram 2 anos.