Homem conhece "alma gêmea" no bate-papo virtual aos 48 anos; leia história real

Confira mais uma história do "Quem Ama Não Esquece"

Da redação

Homem conhece "alma gêmea" no bate-papo virtual aos 48 anos; leia história real
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Arquivo Pessoal

Pedro sempre sonhou em construir uma família. Aos 23 anos, ele se casou e teve cinco filhos, mas, depois de 11 anos, o casal se separou por conta da frieza no relacionamento.

O rapaz viveu sozinho por 18 anos, se dedicando totalmente para os filhos, muitas vezes "sacrificando sua própria felicidade". Ele enfrentou todos os obstáculos, inclusive a perda de um menino, mas, aos 48 anos, Pedro conheceu Leila em um bate-papo.

O que era apenas uma conversa se tornou um relacionamento íntimo e duradouro. Pedro permitiu amar alguém de novo e, hoje, sabe que valeu a pena a espera. Leia mais uma história do "Quem Ama Não Esquece":

Às vezes, a vida faz a gente esperar tanto, que a gente quase perde a esperança… Mas quando o amor chega, ele mostra que cada segundo valeu a pena. Eu só tinha 23 anos e não conhecia muito ainda sobre a vida, mas eu tinha um sonho: conhecer uma pessoa com quem eu pudesse construir uma família.

Foi nessa idade que eu conheci a Elis e me apaixonei. Eu fiquei muito empolgado com o nosso relacionamento e vi nela a pessoa certa para realizar os meus sonhos. Eu me envolvi tanto, que nós tivemos o nosso primeiro filho, Diego, antes mesmo de nos casarmos.

Depois, vieram mais 4: a Lidiane, o Jonathan, a Stefanie e, por último, o nosso caçula, Tiago. Eu estava feliz e me sentia muito realizado com a família que eu tinha construído, mas o tempo foi passando e eu vi o meu sonho ir desmoronando.

A Elis começou a estudar à noite enquanto eu trabalhava o dia todo. Esses desencontros foram fazendo com que a gente se afastasse cada vez mais e, depois de 11 anos juntos, nós percebemos que não existia mais uma relação de marido e mulher ali.

Foi muito duro de aceitar, mas a gente decidiu se separar e, depois de muita conversa, ficou decidido que eu ficaria com todos os nossos filhos. Imagina como foi difícil. Ser pai sozinho de 5 crianças foi um desafio gigantesco!

Eu tentei muito, de tudo e eu me virava como dava, mas eu tinha que trabalhar muito para sustentar todo mundo e, por isso, eu tinha que pagar uma pessoa para cuidar dos meus filhos. Apesar de ser a única opção que eu tinha, eu não achava certo.

Eles eram crianças, precisavam de amor, atenção, carinho dos pais. Nós ficamos mais de dois anos nessa rotina, até que eu e a Elis entendemos que seria melhor ela ficar com nossos filhos.

Foi muito duro para mim, mas eu sabia que seria melhor para eles. Mesmo assim, eu sempre fui um pai extremamente presente. Eu sempre fiz questão de estar com os meus filhos e, claro, sempre paguei pensão para todos eles.

Com 5 filhos para sustentar, eu decidi que não poderia mais me envolver com outra pessoa tão cedo. Eu precisava focar em trabalhar para dar uma vida boa para as crianças, sem que elas passassem nenhum tipo de necessidade.

Eles eram minha responsabilidade. Eu não podia errar, não podia falhar, não podia perder emprego, não podia deixar que meus filhos não tivessem um lugar bom para morar, uma roupa, sapato, comida, escola...

Eu nem tinha cabeça para romance e por isso passei anos e anos completamente sozinho, vivendo exclusivamente para o meu trabalho e focando no bem-estar deles.

Além de tudo, um dos meus filhos, o Jonatan, tinha uma saúde debilitada. Ele tinha diabetes e não se cuidava. Como era jovem, não se preocupava com a alimentação e vivia saindo, tomando refrigerante e comendo besteira na rua.

Muitas vezes os amigos o traziam para casa porque ele tinha passado mal. Eu tentava brigar, ajudar, chamar atenção, mas ele não me ouvia e era só estar longe para fazer tudo errado.

Até que... até que ele teve uma parada nos rins e a situação foi piorando bastante. Dois anos depois, ele teve uma crise e foi parar na UTI. Ele ficou fraco, sem nem conseguir falar, e eu não conseguia acreditar vendo o meu menino naquele estado, cheio de tubos e aparelhos.

Eu conversava com ele, tentava acalmar, tentava passar força, mas a única resposta que ele me deu foi uma lágrima que caiu dos olhos dele. Aquela lágrima foi a última palavra do meu filho para mim.

E nada no mundo me preparou para isso. Minutos depois, o meu filho... o meu filho morreu. Bem ali na minha frente. E eu não... eu não pude fazer nada! Eu não pude fazer nada para impedir!!!! Meu Deus do Céu. Que dor, que dor horrível!

Nenhum pai está preparado para viver uma coisa assim. Não é justo, não é certo! Não deveria ser permitido que uma coisa dessas acontecesse. Não é a ordem natural da vida um pai ter que enterrar um filho. O luto doeu e ainda dói demais.

Com certeza, é uma dor que nunca vai passar. Mas eu tinha outros quatro filhos para continuar criando, amando e sustentando, e perder o Jonatan fez com que eu me esforçasse ainda mais por eles.

Como pai, eu só queria o melhor para cada um e, por eles, eu precisava ser forte. Foram 18 anos. 18 anos vivendo só por eles. Dando amor, carinho, atenção, mas também cuidando financeiramente para que nada faltasse.

O meu sonho, aquele sonho, de ter uma companheira, uma esposa, de amar e ser amado, que eu carregava desde muito jovem, ficou totalmente de lado.

Mas quando eu vi, depois desses quase 20 anos, que os meus filhos estavam crescidos, bem cuidados e criados, eu passei a ter muita vontade de cuidar de mim também. Eu merecia ser feliz de novo e foi aí que eu me permiti abrir o coração e conhecer uma pessoa.

E olha que aconteceu de uma maneira como eu nunca poderia imaginar... Eu estava navegando em um blog de notícias na internet, quando eu vi uma moça linda chamada Leila no bate-papo daquela página.

Eu resolvi mandar uma mensagem para ela, mas juro, sem pretensão nenhuma. Ela respondeu e eu me animei, mas ela logo jogou um balde de água fria dizendo que não queria muita conversa porque estava passando por um momento difícil…

Ouça a história completa:

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