Homem viveu “teste de fé” após morte do pai e da mãe; leia depoimento

Confira mais uma história inédita do "Quem Ama Não Esquece", da Band FM

Da redação, com Band FM

Homem viveu “teste de fé” após morte do pai e da mãe;  leia depoimento
Quem Ama Não Esquece
Acervo pessoal

Quanto tempo temos ao lado daqueles que amamos? Quando adolescente, Roberto não tinha uma boa relação com o pai, que trabalhava muito e passava a maior parte do tempo fora de casa. 

A vida, no entanto, tratou de reaproximá-los quando o pai de Roberto abriu um bar e eles se tornaram melhores amigos. O que os dois não imaginavam era que uma grave doença encurtaria as chances da nova relação.  

Roberto enfrentou o luto e um teste de fé. Além do pai, mais tarde ele perdeu a mãe e enfrentou uma dolorosa separação, mas soube reconhecer que a vida reservava outras coisas para ele. Veja mais uma história emocionante do “Quem Ama Não Esquece”: 

“Até os 13 anos, eu não tinha a melhor relação do mundo com o meu pai. Não que fosse ruim, mas é que ele trabalhava muito e ficava pouco em casa, então a gente não tinha tantos momentos de pai e filho. Mas a vida, com as suas reviravoltas, deu para gente uma segunda chance. O meu pai abriu o próprio bar e, pela primeira vez, passou a ter mais tempo para mim e para a gente. 

 Ele se transformou, se tornou o meu melhor amigo e alguém com quem eu compartilhava tudo! Eu nunca imaginei que a gente ia se aproximar tanto àquela altura, mas eu amava todos os momentos que a gente tinha. Das brincadeiras aos passeios, até as simples conversas. 

Acontece que, infelizmente, essa fase não durou muito. Quando eu tinha 17 anos, o meu pai descobriu uma doença chamada úlcera varicosa, uma ferida na perna que nunca cicatrizava. A partir daí ele não conseguia mais fazer coisas simples como correr, dirigir... nada!  

A doença avançou e ele precisou ser internado, mas o meu pai era um homem muito teimoso, orgulhoso e não queria que ninguém ficasse fazendo visitas a ele no hospital. Ele dizia que não era lugar para gente e, apesar de a gente não concordar, a gente respeitava. 
 
Só que a situação do meu pai se agravou muito e ele precisou ser entubado. Quando isso aconteceu, resolvi ir até o hospital porque ele não estava mais acordado para brigar comigo. Quando o vi daquele jeito, entendi tudo. Entendi que ele nunca mais ia voltar para casa comigo. Eu sabia.  

Alguns dias depois, eu estava no quartel servindo e era hora do meu descanso depois de um plantão. Eu peguei no sono, mas, de repente, acordei meio sobressaltado ouvindo uma música gospel que falava sobre despedida. Meu coração estava apertado e eu senti que alguma coisa estava acontecendo. Eu senti!  

Horas depois o meu cunhado apareceu no quartel e eu fui para o hospital com ele. Os médicos tinham chamado toda a minha família e, quando cheguei, já encontrei todo mundo chorando. Eu sabia: o meu pai tinha partido.  

O meu melhor amigo se foi e, naquele momento, eu só consegui sentir raiva. Muita raiva de Deus. Como ele podia ter feito isso comigo?  
Eu tinha pedido tanto! Eu tinha rezado tanto! Eu tinha implorado para ele salvar o meu pai. A gente tinha perdido tanto tempo e agora que a gente era próximo... Por que? Por que ele fez isso comigo?” 

 História completa: 

 
 

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