
Jonas se casou com Márcia, eles foram muito felizes e tiveram a pequena Sofia, mas com o tempo o casamento desgastou com as dificuldades financeiras e veio o divórcio. Tudo foi amigável e os dois compartilhavam a guarda da Sofia, mas depois de tantas dificuldades, Jonas recebeu uma proposta de emprego.
O salário era maior, muitos benefícios, mas a vaga era para uma filial em outro estado. Agora, Jonas não consegue tomar uma decisão: ficar longe da filha, mas proporcionar uma vida melhor, ou ficar por perto e enfrentar todas as dificuldades.
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Sempre achei que casamento era como um contrato. Você assina com as melhores intenções, mas, se falhar, se não cuidar, se deixar de cumprir alguma coisa, a multa é cara.
Foi assim comigo e com a Márcia. Nós nos casamos cheios de sonhos e com aquela certeza de que só o amor bastava. E, por um tempo, realmente bastou. Mas só por um tempo.
Eu tinha um bom emprego, mas a verdade é que nunca tivemos uma vida muito confortável. Nunca sobrava, mas também nunca faltava, graças a Deus. A Márcia fazia alguns bicos como costureira, e assim íamos nos virando.
Depois de dois anos juntos, nossa filha, Sofia, nasceu, e parecia que nada poderia estragar nossa felicidade e nosso mundo perfeito. Lembro-me do primeiro sorriso dela, do jeito como esticava os bracinhos para mim quando eu chegava perto, de cada aprendizado, cada conquista, cada choro, tudo! Minha filha virou o centro do meu mundo, e por ela eu seria capaz de qualquer coisa.
Os anos foram passando e a vida foi pesando. Infelizmente, minha trajetória profissional foi turbulenta, e perdi o emprego duas vezes, o que nos fez enfrentar muitas dificuldades financeiras. Um dia, era a conta de luz que quase cortava; no outro, o proprietário da casa perdendo a paciência com os atrasos no aluguel; depois, a falta de carne na geladeira... Que coisa! Eu sempre quis dar o mundo para minha filha, e agora não conseguia garantir nem o mínimo. Isso me matava!
Aquela situação fez com que Márcia e eu começássemos a nos desentender com frequência. Não era falta de amor, mas o estresse e a preocupação fazem com que os casais briguem. Sofia ainda era criança e não merecia assistir àquilo, mas já não conseguíamos evitar. Cada dia, uma discussão boba se transformava em uma briga gigantesca.
O desgaste era enorme e, depois de muito tempo vivendo daquela forma, conversamos e entendemos que o divórcio era a melhor opção.