Abraão soube desde o primeiro dia que Dani era a mulher da sua vida. Tanto que, em 20 dias, pediu a mão dela em casamento. O casal enfrentou desafios financeiros na pandemia, o que fez o casamento acontecer apenas no cartório. Seis meses depois, Dani revelou que estava grávida, realizando o sonho de Abraão. Hoje, eles têm um filho e estão juntos há cinco anos. Leia história completa do Quem Ama Não Esquece, da Band FM, desta quinta-feira, 13/2:
Tome cuidado com o que você pede a Deus, porque eu sou a prova viva de que Ele realmente escuta. E quando alguma coisa tem que acontecer, o tempo certo é sempre o tempo é dele.
Um dia, quando eu estava na igreja, vi uma mulher linda. Linda! Desde o primeiro momento em que coloquei os olhos nela, não consegui mais tirar. Parecia que tinha alguma coisa me puxando e fiquei tão impressionado que, na mesma hora, pedi a Deus para que me desse uma chance de conhecê-la. Eu pedi, pedi muito, pedi só uma chance, uma oportunidade para gente se conhecer. Mas, pedi que se fosse para acontecer de fato, que fosse algo natural, sem precisar forçar. Então eu orei, orei e entreguei.
Alguns dias se passaram e uns amigos me chamaram para ir na despedida de outro colega. Quando cheguei, um pessoal me pediu para tirar algumas fotos. Para a minha surpresa, entre as pessoas, estava justamente ela: a moça linda que eu tinha visto uns dias antes na igreja e quem eu tinha tanto pedido a Deus para conhecer.
- Obrigada por ter tirado a foto da gente aqui.
- Imagina... espero que tenha ficado boa. E... e... qual seu nome?
- Daniela, e o seu?
- Abraão. Eu posso te chamar de Dani?
- Claro! Todo mundo me chama assim. Bom, muito prazer e obrigada de novo pela foto.
É... vai entender os planos de Deus, né? Eu tenho certeza de que eu só fui naquela despedida para ter a chance de conhecer a Dani. E quando a vi assim, de perto, e falei com ela, me apaixonei definitivamente.
Desde então, todas as vezes em que eu ia para a igreja, ficava procurando por ela. Quando ela estava, a gente sempre trocava algumas palavras.
Um dia, meio que na cara de pau, entreguei um cartão de visita da minha loja para ela, com a desculpa de que se ela precisasse de algo, era só ligar. Mas, para ser sincero, eu só queria mesmo que ela tivesse o meu telefone e, quem sabe, me ligasse.
Para a minha sorte, esse dia chegou mais rápido do que eu imaginava. Logo na manhã seguinte que peguei o meu celular, tinha uma mensagem da Dani.
O meu coração disparou na hora e eu fiquei tão nervoso que nem sabia o que responder, sendo que ela só tinha mandado um "Oi, tudo bem?".
É que pra mim, aquela não era uma simples mensagem. Aquilo era uma oração sendo respondida. Quando eu consegui escrever para ela, ficamos horas conversando. Eu logo descobri que ela trabalhava perto de onde eu trabalhava. Então, criei coragem e a convidei para almoçar comigo para a gente se conhecer melhor.
A gente combinou em um restaurante muito bom e eu me lembro de que estava muito feliz de estar ali, com ela. Mas, a verdade é que eu não tinha me programado financeiramente para aquele almoço e estava morrendo de medo do quanto ficaria a conta. De qualquer forma, sentia que ia valer a pena.
O almoço foi incrível e a gente falou horas e horas sobre sonhos, objetivos, planos, projetos.... enquanto a gente conversava, segurei a mão dela e comecei a fazer carinho, olhando nos olhos da Dani. Naquele momento, já sentia que a gente tinha tudo a ver. Estava acontecendo alguma coisa entre nós, dava para ver. No final, a conta ficou mais de 250 reais, mas, por sorte, consegui parcelar e cada centavo valeu a pena.
Depois desse nosso primeiro encontro, percebi que eu tinha que passar para o meu líder da minha igreja o que eu estava sentindo pela Dani. Para mim era muito importante que ele soubesse. Quando eu contei, ele me perguntou se eu estava certo do que queria. Depois, disse que eu precisava conversar com a líder da Dani também.
Eu mal conhecia a Dani, só tinha estado com ela em um almoço, mas eu tinha, sim, certeza do que eu queria.
Então, marquei um café com a Dani e com a líder dela. Quando ela me perguntou o que exatamente eu queria, não titubeei e respondi: "Eu quero me casar". A Dani olhou pra mim e disse que queria o mesmo e, assim, nossa história estava pronta para começar.
Também decidi que precisava pedir a permissão para o filho da Dani também. Ele era um adolescente de 16 anos e fiz questão de falar com ele: de homem para homem. Eu sai para almoçar com ele, e disse que estava apaixonado e que queria a autorização dele para namorar com ela.
Foi uma conversa muito boa e, no final, disse que, por ele, nós poderíamos ficar juntos. Foi uma experiência meio inusitada, mas foi importante para a nossa família que ele soubesse que eu respeitava a vontade dele também.
Durante aqueles primeiros dias em que nós estivemos juntos, eu e a Dani conversamos bastante sobre o nosso objetivo: o de casar.
Então, decidi fazer tudo do jeito que ela merecia. Eu sei que, para muita gente, pode parecer uma loucura fazer um pedido de casamento só com 20 dias de namoro, mas eu sabia que era a Dani. Eu sabia que Deus tinha escolhido ela para mim. Eu sabia que era a mulher da minha vida.
Eu preparei uma surpresa. Disse para Dani que os meus líderes da igreja iam fazer uma reunião comigo e que era para ela participar também. Eu fiz tudo, organizei nos mínimos detalhes, decorei, comprei as alianças e quando ela chegou, ela nem podia acreditar.
- Meu Deus, Abraão! O que é tudo isso?
- Dani, vem cá!
- O que tá acontecendo?
- Daniela Almeida, você aceita se casar comigo?
- É sério? Você tá falando sério? Eu não acredito nisso! Vocês todos me enganaram! Claro que eu aceito, claro que sim!
Nós dois choramos e nos abraçamos muito. Foi um momento muito especial e todo mundo vibrou com a gente.
Eu sempre tive aquele sonho de me casar na igreja, com tudo decorado, amigos e familiares participando, bolo, tudo! E saber que o meu sonho estava prestes a se realizar, me deixava nas nuvens.
Só que os meses foram se passando, e a gente percebeu que teríamos que ter dinheiro para nos casarmos dessa maneira, como a gente imaginava. E para ter tudo o que a gente sonhava, demoraríamos uns dois anos juntando dinheiro.
O tempo foi passando e veio a pandemia para dificultar ainda mais os nossos planos. Por isso, a gente resolveu se casar apenas no cartório. Mas, não deixou de ser lindo e especial, porque o que importava mesmo não era como eu estava me casando, mas com quem eu estava me casando.
Seis meses depois, ainda em meio a pandemia, a Dani me preparou um café da manhã bem caprichado de surpresa e ainda deixou na mesa uma caixa de presente.
- Abraão, senta aqui. Esse presente é para você.
- Nossa! Do nada? O que... Dani, o que é isso? É sério? Você tá grávida?
- Nós vamos ser papais!
Dentro daquela caixinha tinha o melhor presente que eu já tinha recebido na vida: uma roupinha e um sapatinho de bebê.
Eu sempre, sempre quis ser pai, e eu só conseguia pensar em como Deus era maravilhoso por realizar todos os meus sonhos.
Meu filho, agora, já está com 4 aninhos e eu e a Dani estamos casados há 5. A gente construiu uma empresa juntos e apesar dos desafios da vida, não sinto medo de nada, porque eu tenho ao meu lado uma companheira incrível.
Todas às vezes que eu paro para me lembrar de tudo o que vivemos, recordo da bondade de Deus e da oportunidade que Ele me deu de conhecer a Dani e poder construir a nossa história. E como “Quem Ama Não Esquece”, resolvi contar essa história aqui para deixar eternizada a nossa trajetória e para dizer que realmente Deus escuta os nossos pedidos.
Dani, você é a mulher mais linda que eu já conheci. Eu me encantei por você desde a primeira vez que eu te vi e, depois que eu te conheci, soube que você é mais linda ainda por dentro.
Eu não precisava nem de 20 dias. Eu já sabia desde o primeiro minuto que era você. Ainda bem que Deus te trouxe até mim. Eu te amo.
