
Frustrada com as relações e cansada dos homens tóxicos, Ana resolveu tomar uma decisão inesperada e tentou se envolver com uma mulher, mas novamente sofreu em um relacionamento abusivo e viu seu mundo desmoronar.
Buscando apoio, reencontrou sua mãe e retornou à igreja, onde acredita ter encontrado respostas para suas dores. Lá, ela passou a interpretar sua atração por mulheres como resultado de traumas passados e decidiu seguir um novo caminho de vida, colocando sua fé em Deus para reconstruir seus sonhos e buscar um futuro diferente.
Veja mais uma história do Quem Ama Não Esquece:
Quando tudo ao meu redor parecia escuridão, quando eu carregava feridas que pareciam impossíveis de sarar, foi Deus quem segurou minha mão e me mostrou que o amor dele é capaz de transformar até as dores mais profundas em esperança.
Meu pai nunca foi um homem presente e isso, claro, me machucava demais. Mas o que mais doía era saber que, além da minha mãe, ele tinha outra mulher. Minha mãe, por amar demais meu pai, tentava lutar pela nossa família, mas só eu via o quanto isso era doloroso para ela.
Até que, um dia, a amante engravidou, e ele simplesmente foi embora para viver com a outra família, abandonando minha mãe, meus irmãos e a mim. Isso só fez crescer ainda mais minha raiva dele.
Quando fiz 11 anos, minha mãe e eu nos mudamos para a casa de uma amiga dela, enquanto meus irmãos preferiram ficar na casa da minha avó.
Ficamos lá por cinco meses, tempo suficiente para que o filho dessa amiga tentasse se aproximar de mim. Na época, ele tinha 24 anos, enquanto eu, uma criança entrando na pré-adolescência, não queria, de forma alguma, nada com ele. Todos os dias, ao acordar e ver aquele homem, eu fugia com medo.
Graças a Deus, essa fase durou apenas cinco meses, e então minha mãe e eu conseguimos um lugar para morarmos só nós duas. O tempo passou, e, aos 15 anos, arrumei meu primeiro emprego.
O problema é que, lá, eu sofria com os abusos do meu chefe. Eu sabia exatamente quais eram as intenções dele em relação a mim, mas continuava naquele trabalho porque precisava ajudar em casa. Foram cinco anos aguentando aquela tortura, até que, finalmente, saí daquele emprego horrível. E foi então que, aos 20 anos, minha vida deu um giro de 180 graus.
Nessa fase, tornei-me uma mulher completamente revoltada com a minha vida. Parecia que eu tinha algum problema sério, que algo me perseguia... Eu me sentia marcada, amaldiçoada. Todos os homens que fizeram parte da minha vida até ali haviam me feito mal de alguma forma, seja física ou psicologicamente.
Todos tinham me ferido, e isso fez nascer em mim um ódio imenso por qualquer homem. Tudo o que eu pensava, naquela fase da minha vida, era que jamais, em hipótese alguma, me relacionaria com alguém, pois, para mim, nenhum homem prestava e todos acabariam me machucando.