Em 2023, atos de vandalismo contra a infraestrutura de transporte público de Campinas (SP) custaram caro: cerca de R$ 500 mil foram gastos em reparos de abrigos de ônibus, terminais urbanos e estações do BRT, segundo levantamento feito pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).
Não é apenas quem usa o transporte que acaba afetado pelos danos. A população, como um todo, sente os efeitos do prejuízo, já que os investimentos usados para os reparos poderiam ser alocados em outras necessidades da mobilidade urbana.
Com o valor, até mesmo uma obra maior, como uma nova rota cicloviária, poderia ser entregue à população. Em 2023, por exemplo, três rotas foram entregues com investimentos similares: a Ciclofaixa da Escola de Cadetes, em junho, que custou R$ 353,7 mil; a Ciclovia JBD-Pirelli/Terminal Satélite Íris, em julho, com investimento de R$ 523,4 mil; e a Ciclovia Vila Olímpia, no mesmo mês, por R$ 381,4 mil.
"O combate ao vandalismo precisa ser abraçado por cada campineiro. Todos nós saímos perdendo com essa atitude, que gera danos profundos. A nossa cidade pode ser muito melhor sem esses atos de depredação, e isso é o que todos desejamos", ressalta Vinicius Riverete, presidente da Emdec, sobre a necessidade de conscientização.
Abrigos de ônibus
Alvo frequente de vândalos, os abrigos de ônibus foram os que geraram maior prejuízo. Em média, foram demandados R$ 280 mil em ajustes necessários.
Já para consertar o que foi depredado nas estações do BRT, estima-se que foram gastos aproximadamente R$ 200 mil, incluindo peças de reposição como braços de catracas e vidros.
E nos terminais urbanos, cerca de R$ 20 mil foram investidos no reparo ou substituição de materiais danificados, em ações realizadas com a mão de obra de manutenção da Emdec. Entre os ajustes, houve a troca de torneiras, luminárias, vasos sanitários, bebedouros, vidros, maçanetas, bancos, além de pintura de alvenaria, entre outros.