Anvisa recolhe lote de atum após surto de intoxicação em escolas de Campinas

O lote do produtto da marca Cellier continha histamina numa quantidade maior do que a permitida pela legislação sanitária

Da Redação

Anvisa recolhe lote de atum após surto de intoxicação em escolas de Campinas
Foi encontrado uma lata quantidade histamina no lote de atum
Reprodução/Cellier

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização, distribuição e uso de um lote de atum da marca Cellier, após um surto de intoxicação alimentar por histamina em Centros de Educação Infantil (CEIs) de Campinas (SP). A prefeitura afirma que 60 estudantes e dois funcionários, de nove unidades escolares, apresentaram os primeiros sintomas

A medida que determinou que os pacotes de um lote específico de atum ralado fosse recolhido das escolas foi publicada na última sexta-feira (18/08). O texto também determina recolhimento do produto do mercado.

A decisão foi tomada após a Anvisa receber um relato do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS-SP) sobre um surto de intoxicação em Centros de Educação Infantil (CEIs) de Campinas, no final de julho de 2023. Os sintomas eram compatíveis com intoxicação alimentar por histamina.

A partir da suspeita, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital) realizou um exame laboratorial que confirmou a presença de histamina no atum numa quantidade maior do que a permitida pela legislação sanitária.

Segundo a prefefeitura, asssim que as crianças e funcionários apresentaram os simtomas, Secretaria de Educação acionou o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas). “De imediato, a oferta do alimento foi suspensa e o produto retirado do cardápio escolar”, afirma a administração por meio de nota. 

Afgora, a Secretaria de Educação da cidade afirma que aguarda uma contra prova do laudo de análise do alimento, que está sendo feito pela Cellier. O documento será orientador para que a pasta tome as providências sobre a empresa.

Ainda, a prefeitura explica que os fornecedores de produtos que compõem a alimentação escolar são escolhidos por meio de licitação, que levam em conta uma série de critérios, entre eles a qualidade do alimento ofertado. Atualmente, a Secretaria de Educação fornece 293 mil refeições por dia para estudantes da rede pública e colégios técnico.

O que é histamina?

A Anvisa explica que a histamina é uma substância que pode se formar após a morte de pescados, quando as condições de manuseio e armazenamento do pescado são inadequadas.

Essa substância não é eliminada com o tratamento térmico do pescado (por exemplo, cozimento, esterilização comercial, defumação) durante a fabricação do produto final (como atum embalado). Além disso, os peixes podem conter níveis tóxicos de histamina sem apresentar sinais como mau cheiro, alteração na consistência ou na coloração.

O consumo de alimento contaminado por histamina pode causar dormência, formigamento e sensação de queimação na boca, erupções cutâneas no tronco superior, queda de pressão, dor de cabeça, coceira na pele, podendo evoluir para náusea, vômito e diarreia. A doença geralmente é leve e os sintomas desaparecem em poucas horas. Idosos e pessoas com problemas de saúde, porém, podem ter sintomas mais graves. 

Em caso de qualquer sintoma prejudicial ou agravo à saúde após o consumo de alimentos, procure imediatamente um serviço médico.