Após episódios recentes de violência em escolas, como o ataque na creche de Blumenau e na escola Thomazia Montoro de São Paulo, uma onda de ameaças contra escolas de Campinas (SP) teve início. Todas falsas, segundo a prefeitura. Diante disso, uma reunião do governo municipal discutiu, nesta quinta-feira (6), medidas para prevenir possíveis ataques e ameaças às unidades escolares da metrópole.
Entre as medidas está que, partir de segunda-feira (10), será aberto um canal prioritário na Guarda Municipal (GM) para atendimento exclusivo das escolas municipais, estaduais e privadas do município. Além disso, prefeito de Campinas Dário Saadi (Republicanos) afirmou que o monitoramento por câmeras nas unidades municipais deve ser intensificado a partir do próximo semestrem, através da Central Integrada de Monitoramento de Campinas (CIMCamp). As escolas particulares que quiserem fazer parte do programa Monitora Campinas, onde as imagens são acessadas pela GM, terão prioridade no processo de integração.
Além do monitoramento digital, a ronda escolar será mais extensiva e, segundo o prefeito, a Polícia Civil assegurou que irá intensificar o monitoramento de grupos e redes sociais para identificar possíveis alertas de um ataque contra escolas. Também foi anunciado que será iniciado um projeto para capacitação de todo o corpo docente para identificar possíveis sinais de alerta e agir em situações de risco. Na coletiva não foi mencionado reforço no acompanhamento psicológico dos alunos.
Essas medidas estão sendo tomadas após ser identificado uma série de fake news em relação a ataques que aconteceriam nas escolas campineiras e que estavam sendo divulgadas nas redes sociais. O setor de crimes cibernéticos da Polícia Civil, de acordo com o executivo, está analisando todas as fake news recebidas e grupos na internet que propagam essas ameaças para tomar as medidas cabíveis.
“Houve também uma sugestão da polícia civil para que os pais [e responsáveis] acompanhem as redes sociais dos jovens.”, orienta Saadi, visto que a polícia afirma que muitos dos ataques em escolas são anunciados nas redes sociais. Atualmente, o setor de inteligência acompanha grupos em redes sociais e aplicativos de troca de mensagens (como WhatsApp) para identificar sinais de alerta. Muitos dos casos violentos são realizados por pessoas que cultivam ódio da sociedade por se sentirem renegados e se inspiram em outros extremistas.
A reunião emergencial foi motivada por um ataque que aconteceu em uma escola municipal em Blumenau e também em uma escola em São paulo, onde uma professora morreu e outras pessoas ficaram feridas depois que um aluno de 13 anos os atacou com uma faca. O ataque foi anunciado nas redes sociais do adolescente.