Árvore contraindicada para plantio em calçadas despenca sobre mulher em Campinas

A prefeitura afirma que não planta a espécie flamboyant em áreas urbanas e que a queda ocorreu devido ao encharcamento do solo

Por Da redação

Árvore contraindicada para plantio em calçadas despenca sobre mulher em Campinas
Árvore estava plantada em uma calçada, em um bairro residêncial
Foto/Ewerton Ramos

Uma mulher de 56 anos ficou ferida após ser atingida pela queda de uma árvore na manhã desta sexta-feira (11), no bairro Santa Margarida, em Campinas (SP)

A vítima teve ferimentos na cabeça, braço e nas mãos. Ela foi encaminhada pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). O estado de saúde dela não foi informado. 

A Secretaria de Serviços Públicos enviou uma equipe do Departamento de Parques e Jardins até o local. A árvore é um flamboyant, que, de acordo com a prefeitura, estava saudável e caiu pelo deslocamento das raízes porque o solo estava encharcado e pelos ventos fortes. Ainda de acordo com a nota, não havia nenhum registro de solicitação para extração da árvore pelo 156. 

A espécie flamboyant, apesar de ser facilmente encontrada no Brasil, não é uma árvore nativa do país e não é indicada para o plantio em calçadas e similares, visto que precisa de espaço para o desenvolvimento seguro. De origem de Madagascar, a árvore pode atingir 20 metros de altura e tem raízes tão vastas quanto. Em nota, a prefeitura afirma essas informações e diz que não planta essa espécie de árvore na rua.

Em nota, a CPFL Paulista informou que a ocorrência não causou danos à rede elétrica e nem interrupção de energia para clientes. No entanto, uma equipe foi encaminhada até o local e  atuou para remover um galho que ficou preso à fiação.

A Defesa Civil divulgou dados sobre quedas de árvores em Campinas, destacando uma redução significativa nos registros. De janeiro a setembro de 2024, foram contabilizadas 192 quedas, em comparação com 484 no mesmo período de 2023. No total de 2023, foram 967 ocorrências, enquanto em 2024, até o dia 11 de outubro, já são 199.

A nota também ressalta que janeiro de 2023 foi um dos mais chuvosos dos últimos anos na cidade, com precipitações intensas em um curto intervalo de tempo, o que contribuiu para o aumento das quedas de árvores.

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