A Secretaria de Saúde de Campinas anunciou nesta quarta-feira (05) que vai intensificar a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) neste mês. Além do atendimento nos centros de saúde, haverá imunização em parte das escolas municipais e estaduais para meninas e meninos entre nove e 14 anos.
Para receber a dose nas escolas, é preciso levar o cartão de vacinação (se tiver) e documento de identificação e a autorização disponível no site da prefeitura. Os estudantes vacinados nos estabelecimentos de ensino receberão um cartão com orientação para a segunda dose.
O imunizante é injetável e aplicado em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Para ser vacinado nos centros de saúde, basta apresentar o cartão de vacinação (se tiver) e documento de identificação. Menores de idade devem estar acompanhados dos pais ou responsável.
Atualmente, a vacina é oferecida para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, além de grupos com condições clínicas especiais (vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos) até os 45 anos.
A coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Chaúla Vizelli, reforçou o alerta sobre a importância da vacinação para todas as faixas etárias:
Apesar de estar na programação do mês, independente do sexo, todos os grupos contemplados que ainda não receberam as doses também devem se vacinar.
A vacinação contra o HPV em adolescentes é indicada por mais de 100 países em seus programas nacionais de vacinação e vários deles já possuem estudos de impacto desta estratégia com resultados positivos no que diz respeito à prevenção e redução das doenças ocasionadas pelo vírus HPV (câncer do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis e orofaringe e verrugas genitais).
A vacina, disponível durante o ano todo, foi incorporada de forma escalonada ao Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2014.
HPV
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas, principalmente por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto.
Estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que há de 9 a 10 milhões de infectados no Brasil. Além disso, estima que a cada ano, surgem 700 mil casos novos da infecção.
A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. A orientação é para as mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo (Papanicolau) anualmente.