Campinas sanciona lei que obriga sinalização em áreas de risco de febre maculosa

Nova lei vale para estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos e faz parte de conjunto de ações de enfrentamento à doença após surto na Fazenda Santa Margarida

Da Redação

Campinas sanciona lei que obriga sinalização em áreas de risco de febre maculosa
Modelo de placa de sinalização proposto pela Prefeitura
Divulgação/PMC

Uma lei que obriga a sinalização de risco de contágio de febre maculosa em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela, foi sancionada pelo prefeito de Campinas (SP), Dário Saadi, nesta terça-feira (4). A nova lei vale para estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos. 

De acordo com a Prefeitura de Campinas, a medida faz parte de um conjunto de ações de enfrentamento à doença, anunciado em 14 de junho, depois do registro de um surto na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, área com risco de transmissão da enfermidade. A região de Campinas é endêmica para a febre maculosa.

Segundo a lei, a comunicação deve ser feita antecipadamente aos clientes, fornecedores e trabalhadores que estarão expostos, e os cuidados imediatos no caso de sintomas até os 14 dias após a exposição. 

Além disso, os espaços devem estar devidamente sinalizados com placas e/ou cartazes confeccionados conforme modelos disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde do município. 

A doença 

A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato estrela infectado.

Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas da doença, que são febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo.

Ao apresentar um destes sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve em locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com com outras doenças febris agudas, como covid-19 e dengue. 

Não existe vacina contra a doença e não é possível eliminar totalmente o carrapato. A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado precocemente com antibióticos apropriados.