Cerca de 32% dos acidentes fatais envolvem o consumo de de álcool em Campinas

Dados são de 2023. O fator de risco aparece em 47 dos 149 acidentes fatais registrados, segundo levantamento da Emdec

Da Redação

Cerca de 32% dos acidentes fatais envolvem o consumo de de álcool em Campinas
Instalação da Campanha Beber e Dirigir
Divulgação

O consumo de bebida alcoólica aparece em 32% dos acidentes fatais registrados em 2023, em Campinas (SP). O dado compõe o Boletim de Vítimas Fatais no Trânsito, divulgado pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) durante o Movimento Maio Amarelo 2024.
 
No ano passado, 159 pessoas perderam a vida em 149 acidentes fatais em Campinas, sendo 79 (49,7%) em vias urbanas e 80 (50,3%) em rodovias no perímetro urbano. O álcool esteve presente em 47 (32%) dos 149 sinistros fatais ocorridos em Campinas. Foram 20 casos identificados na malha urbana e 27 em rodovias.
 
Do total de 47 ocorrências, 42 envolveram vítimas do sexo masculino e cinco do sexo feminino. Os motociclistas ou garupas foram as principais vítimas (25 casos), seguidos dos condutores ou passageiros demais veículos (11), pedestres (9) e ciclistas (2). A maioria das ocorrências envolveu jovens de 18 a 29 anos, foram 20 casos.

Entre os efeitos do álcool no organismo estão o tempo de reação mais lento, a atenção e a visão prejudicadas, a redução da pressão sanguínea e impactos na consciência e na respiração. “Se for dirigir, nunca beba. Utilize o transporte público, o transporte por aplicativo, a carona compartilhada ou adote, na roda de amigos ou familiares, o motorista da rodada”, aconselha o presidente da Emdec, Vinicius Riverete. 

Juntos, os fatores de risco excesso de velocidade e consumo de álcool estiveram presentes em 25 ocorrências fatais analisadas – 13 em vias urbanas e 12 em rodovias.  

A análise para identificar os fatores e as condutas de risco dos sinistros fatais é realizada pelo Comitê Intersetorial Programa Vida no Trânsito, que é composto por membros dos seguintes órgãos: Emdec, Secretaria Municipal de Saúde, Polícia Militar, SAMU, Corpo de Bombeiros, Polícia Científica, Instituto Médico Legal (IML) e hospitais. A detecção da presença de álcool nas vítimas fatais é determinada a partir dos resultados dos exames de alcoolemia realizados no IML, pela identificação de odor etílico por membros das equipes de saúde ou pelo teste de etilômetro feito por policiais militares que atenderam a ocorrência.