DJ ANNA, de Amparo, estreia no Mainstage do Tomorrowland Bélgica

e lança música pela gravadora da Charlotte de Witte, a DJ e produtora brasileira reconstruiu “Pulverturm”, hit de 1998 do alemão Niels van Gogh

Por: Iasmim Guedes e Kevin Velloso

DJ ANNA, de Amparo, estreia no Mainstage do Tomorrowland Bélgica
DJ ANNA
Reprodução

É de ANNA o segundo lançamento do selo Époque, de Charlotte de Witte. Nesta quinta-feira, 18, chegou a todas as plataformas a releitura da brasileira para “Pulverturm”, sucesso original de 1998 do DJ e produtor alemão Niels van Gogh, que conquistou certificações de ouro na Bélgica e na África do Sul, bem como o Top 10 nas paradas de muitos outros países. Ouça aqui!

"Em 2023, enquanto me preparava para meu set no Tomorrowland, eu estava explorando faixas icônicas que ressoavam na Bélgica e que poderiam ser perfeitas para um edit. Escolhi 'Pulverturm' por seus vocais poderosos e melodia forte”, explica ANNA. 

Atração do Tomorrowland Bélgica em todas as edições desde 2018, no dia 21 deste mês ANNA se apresenta pela primeira vez no palco principal de um dos maiores festivais mundiais. Além disso, a artista radicada em Lisboa também toca no palco Crystal Garden, no segundo final de semana do evento, em 27 de julho.

Lançada às vésperas da artista embarcar para o gigante belga novamente, a releitura de ANNA é intensa e emotiva, com vocais sensuais e acordes brilhantes de trance sobre batidas poderosas.

“O que começou como um rework rápido se transformou em uma paixão, e fiquei tão feliz com o resultado que quis lançá-lo oficialmente. Estávamos conversando com Niels van Gogh quando enviei a faixa para Charlotte de Witte, que adorou. Ela me apresentou ao Époque, e decidimos lançar a track juntos. Já faz um ano desde que criei esse som, e nunca tive tantos artistas de diversos gêneros, como techno, house, techno melódico, tech house e hard techno, pedindo por uma música como fizeram com meu rework de 'Pulverturm'. É incrivelmente emocionante finalmente compartilhá-la com o mundo!", complementa.

A versão original de “Pulverturm” é uma faixa agitada e hipnótica, com synths de trance marcando batidas retumbantes. Há uma energia progressiva nas melodias e muita emoção nos vocais. O edit de ANNA tem sido uma das tracks mais tocadas por todo o mundo e se trata de um dos maiores lançamentos da cena eletrônica este mês.

“Me apaixonei pelo toque magistral de ANNA em ‘Pulverturm’ no momento em que ela me enviou”, conta Charlotte de Witte. 

“Sendo uma fã de faixas lendárias que deixaram uma marca profunda na história da música eletrônica, essa realmente acertou em cheio. Foi um longo e desafiador caminho para fazer isso acontecer, mas estou incrivelmente orgulhosa e honrada de ter esse som atemporal, visto através dos olhos de ANNA, como o segundo lançamento do Époque. Um selo que fundamos no início deste ano para homenagear a vida noturna, a cultura clubber e o legado das pistas de dança”, acrescenta a belga.

Fundada no começo de 2024 com a premissa de resgatar o passado da cultura clubber através de remixes de clássicos da música eletrônica, a Époque surgiu como uma sublabel da KNTXT, gravadora principal de Charlotte. 

O primeiro lançamento veio em 25 de janeiro, com um edit da própria de Witte para “Universal Nation”, do conterrâneo Push. Agora, quase seis meses depois, o selo entrega sua segunda obra oficial através de ANNA.

ANNA tem exercido um papel importante na expansão da música eletrônica. Presente em eventos como o Coachella, a DJ atingiu mais um marco recentemente ao ser a primeira artista do país convidada para a curadoria da “Global Underground”, renomada série de discos mixados por vários dos maiores DJs do mundo, lançada pela gravadora britânica homônima. 

Na “Global Underground #46: ANNA - Lisbon”, que sucede a “GU45: Brooklyn”, de Danny Tenaglia (2023), a produtora entregou um compilado de 40 músicas mixadas, divididas em dois CDs (ou em seis discos de vinil).

 Mais sobre ANNA

Ana Miranda, também conhecida como ANNA, é um raro exemplo de musicista e produtora completamente confortável em mudar de forma entre duas carreiras paralelas na música eletrônica, representando os seus dois mundos — techno e ambient. 

A DJ e produtora brasileira radicada em Lisboa mudou-se para Barcelona em 2015 para estar mais perto do circuito europeu de dance music — uma cena que se apaixonou pelo seu techno hipnótico e melódico lançado em uma gama de gravadoras vitais, de Drumcode a Plus 8, de Mute Records a Afterlife. 

Seu hit do verão de 2019, "Forever Ravers", com Miss Kittin, na Kompakt, iluminou pistas de dança em todo o mundo e se tornou um hino pandêmico, enquanto suas produções poderosas e estimulantes continuaram a evoluir e enriquecer seu som a cada nova faixa, muitas vezes distintamente infundido com uma essência ambiente que serviu de base para sua caminhada em direção a esse mundo.

ANNA está há mais de 20 anos em uma carreira célebre e altamente reverenciada, que a elevou das pistas de dança da Six — boate de seu pai no interior de São Paulo, onde ela tocou pela primeira vez — para alguns dos clubes e festivais mais conceituados do mundo, incluindo DC10, Hi, Printworks, Warung, Movement, Tomorrowland, Time Warp e Coachella. 

Nos últimos anos, ela entregou remixes clássicos para nomes como Jon Hopkins, Orbital e Depeche Mode.

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