A cantora Bruna Volpi, natural de Campinas (SP), foi ameaçada de estupro pelo executivo da operadora TIM Guilherme Marconi Camargos Castro, que ainda afirmou ter acesso ao número de telefone da vítima. Após a denúncia, ele foi afastado do cargo pela empresa, que afirma que ele não tem acesso ao perfil dos clientes.
Marconi ameaçou a vítima por mensagens no direct do Instagram. Nas mensagens, ele chama a chama de prostituta e usa palavrões, como pode-se ver abaixo no print registrado pela cantora. Além disso, ameaça ela ao dizer "Esquerdista ordinária, depois não reclama se for estuprada" e afirma "tenho até seu número de telefone".
Para se defender da denúncia de ameaça, Marconi alegou que a conta foi hackeada, mas registrou um Boletim de Ocorrência contra a vítima, não contra o suposto hacker.
A advogada criminal Priscila Pamela dos Santos explica que a ação do ex-executivo é uma tese defensiva, para não dizer que não partiram dele a ameaça de estupro. “Se, de fato, essas ameaças partiram dele, ele terá aberto uma ocorrência falsa”, reforçou a advogada.
Após as ameaças, Bruna Volpi afirma que está ficando na casa de familiares até que se sinta segura novamente. “Um cara desse, que faz esse tipo de discurso, esse tipo de ameaça, a gente espera qualquer coisa dele”, declarou a cantora ao Bora Brasil.
Em nota, a TIM afirmou que afastou o executivo do cargo e reforçou o compromisso de não compactuar com qualquer tipo de violência ou discriminação a quem quer que seja. Eles também afirmaram que não houve nenhum acesso aos dados pessoais da Bruna, tampouco o empregado, por suas funções, tem acesso a perfis de clientes pessoa física.
A advogada criminal Priscila Pamela dos Santos, com ampla atuação na defesa de mulheres vítimas de violência, explica que a legislação tem tipos penais que tipificam crimes cibernéticos e a ideia de impunidade no ambiente virtual é irreal. “É possível sim encontrar as pessoas, ainda que via perfis fakes que estejam praticando essas ameaças via internet. ”, pontuou.