A Secretaria de Serviços Públicos de Campinas (SP) inicia o manejo de árvores no Bosque dos Jequitibás nesta quinta-feira (20). O manejo deve levar até duas semanas e, após os trabalhos, o parque poderá ser reaberto, no início de agosto. O bosque está fechado há mais de cinco meses, desde o dia 24 de janeiro, após a morte de uma menina de 7 anos, causada pela queda de um eucalipto na Lagoa do Taquaral.
O manejo substituirá árvores que podem oferecer riscos aos visitantes por novas mudas nativas da mata atlântica, para evitar tragédias como a que aconteceu em dezembro do ano passado, quando uma figueira branca de 35 metros caiu sobre o carro de um homem de 36 anos, no Bosque dos Jequitibás, e o matou.
Inicialmente será feita a remoção de 75 árvores, em comum acordo com o relatório da Comissão de Estudos da Câmara dos Vereadores e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema). A situação de cada uma das outras 33 árvores, também previstas no laudo do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), será reavaliada, do ponto de vista técnico, durante este período de manejo.
Segundo o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, a Prefeitura vai replantar 1.875 árvores para cumprir a legislação que determina que a cada uma árvore extraída, outras 25 devem ser replantadas. “Vamos replantar o número que for necessário no Bosque e o restante em praças da mesma bacia hidrográfica, ou seja, do Ribeirão Anhumas”, disse ele.
O início dos trabalhos foi possível após aval do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), ligado ao governo do Estado de São Paulo, recebido na tarde desta quarta-feira (19).
Por ser tombado como patrimônio nas instâncias municipal e estadual, foi necessário aguardar a análise dos dois Conselhos, de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), municipal, e Condephaat, estadual, para iniciar o trabalho com as árvores.
Patrimônio histórico
Uma das mais antigas áreas verdes de lazer de Campinas, o Bosque dos Jequitibás foi criado em 1884 por Francisco Bueno de Miranda que manteve grande parte da vegetação existente. Adquirido pelo município em 1915, possui mais de 100 mil metros quadrados e cerca de 200 animais entre mamíferos, aves e répteis. Também tem um complexo de museus, Museu de História Natural, Casa dos Animais Interessantes e Aquário Municipal; o Teatro infantil Carlito Maia; entre outros espaços como parquinho e lanchonetes.
O Bosque dos Jequitibás fica na rua Cel. Quirino, 2, Bosque.