
O Governo de São Paulo emitiu um alerta sobre a circulação do vírus da febre amarela no estado e reforçou que os macacos não são transmissores da doença, na tarde desta terça-feira (18). O Estado registrou 14 casos e nove óbitos em humanos, além de 30 casos em primatas não humanos nas regiões de Ribeirão Preto (SP), Campinas (SP), Barretos (SP), Bauru (SP) e Osasco (SP).
A região teve três mortes por febre amarela somente neste ano. Elas foram registradas em Valinhos, um homem de 57 anos; Campinas, um homem de 39 morador da zona rural e em Amparo, um homem de 27 anos também morador de zona rural.
O vírus da febre amarela foi detectado pela primeira vez nas regiões norte e noroeste de São Paulo em 2016, e, no ano seguinte, houve um aumento no número de casos, com destaque para a região de Campinas. Naquela época, a desinformação gerou perseguição aos macacos, erroneamente associados à transmissão da doença, principalmente os bugios.
Os macacos funcionam como sentinelas naturais, quando adoecem ou morrem, indicam a presença do vírus na região, permitindo que as autoridades sanitárias adotem medidas preventivas.
Caso a população encontre macacos com comportamento anormal, como dificuldade de locomoção, equilíbrio ou visão, é fundamental registrar a ocorrência no aplicativo SISSGEO, da Fiocruz, vinculada ao Ministério da Saúde. Não se deve capturar ou transportar os animais. A orientação é acionar o Corpo de Bombeiros, a Guarda Civil Municipal (GCM) ambiental ou a área de zoonoses da Secretaria de Saúde local.
Embora a febre amarela silvestre seja endêmica no Brasil, afetando principalmente a região Amazônica, ela também impacta o Centro-Oeste, Sudeste e Sul em ciclos epidêmicos. O vírus é transmitido exclusivamente pela picada de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que se proliferam em ocos de árvores com água acumulada. O Governo de São Paulo segue atento à circulação da doença e reforça a importância da vacinação, do uso de repelente e da conscientização da população para evitar a propagação do vírus e proteger tanto as pessoas quanto a fauna silvestre.
*Estagiário sob supervisão