A Justiça acolheu o pedido da Promotoria de Campinas (SP), do Ministério Público (MP-SP), e encaminhou à Vara do Júri o caso do bebê, de 8 meses, morto com sinais de maus-tratos no dia 5 de setembro. O padrasto da criança, de 24 anos, está preso pelo crime
Durante a investigação, o delegado da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade indiciou o homem de 24 anos por maus-tratos seguido de morte.
Inicialmente, houve a suspeita de abuso sexual contra o bebê, porque a médica que atendeu a criança no hospital Ouro Verde apontar indícios de violência física e acionar a Polícia Militar. Porém, um laudo do Instituto Médico Legal (IML) descartou preliminarmente o abuso.
O caso corre em segredo de Justiça.
Relembre o caso
O Corpo de Bombeiros foi acionado no dia 5 de setembro, terça-feira, para atender uma ocorrência de engasgamento no Jardim Yeda. No local, os agentes viram que a criança apresentava lesões características de maus-tratos e a levaram ao Hospital Ouro Verde.
No hospital, a médica que atendeu o bebê constatou lesões que podiam indicar que ele havia sido abuso sexual e passado por maus-tratos. Os órgãos sexuais do menino estavam machucados e ele apresentava mordidas pelo corpo. Diante dos ferimentos, a médica acionou a Polícia Militar (PM).
O bebê de oito meses teve uma parada respiratória e acabou não resistindo aos ferimentos. Os policiais militares avisaram a mãe da criança, que, segundo eles, entrou em desespero, e o padrasto reagiu à notícia de forma agressiva.
Os dois foram conduzidos à 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, onde a mãe da criança, de 19 anos, prestou depoimento. O padrasto também foi ouvido pelos policiais.
Segundo relato dos familiares da mulher à Band Mais, o padrasto da criança estava desempregado há cerca de duas semanas. Ele ficava em casa com o bebê enquanto a mãe da criança trabalhava.
A mulher contou que no dia 4, segunda-feira, saiu para trabalhar e deixou o bebê com o marido. Quando voltou o menino estava dormindo. Às 5h da manhã, o companheiro a acordou e disse que a criança não estava acordando, então os bombeiros foram acionados.
O casal havia se casado em abril deste ano e estavam juntos romanticamente há cerca de um ano e seis meses. Os dois já se conheciam desde criança, pois as famílias deles são próximas. Ainda de acordo com a família da mãe, o homem já havia agredido a esposa, mas ela não prestou queixa à polícia.