Justiça concede liberdade à mãe do bebê abandonado numa igreja de Campinas

A GM encontrou dois filhos dela sozinhos em uma casa

Da Redação

A Justiça concedeu a liberdade provisória à mulher suspeita de abandonar um bebê recém-nascido no estacionamento de uma igreja, em Campinas (SP), nesta quarta-feira (23). A cubana, de 35 anos, foi presa ontem (22) por abandono de incapaz, pois dois filhos dela foram encontrados sozinhos em uma casa.

A decisão do Ministério da Justiça de São Paulo (MJ-SP) determinou a liberdade da mulher com as seguintes medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades, proibição de ausentar-se da Comarca por mais de sete dias sem autorização judicial e comparecimento a todos os atos do processo. 

A Guarda Municipal (GM) deteve a mãe do bebê e uma amiga dela, de 23, no Shopping Unimart, suspeitas de serem as mulheres flagradas por uma câmera de segurança abandonando um recém-nascido (veja acima o vídeo). Elas estavam em uma casa de câmbio sacando dinheiro enviado por familiares. 

Após a abordagem, os guardas foram até a casa da mulher de 35 anos e encontraram duas crianças sozinhas. Diante dos fatos, ela foi conduzida ao 1º Distrito Policial da cidade, onde foi presa em flagrante por abandono de incapaz.

A mulher relatou à polícia que está no Brasil há cerca de quatro meses e que enfrenta dificuldade em conseguir emprego. Questionada sobre o que a levou a abandonar o bebê, que nasceu no Brasil, a mãe afirma que tem dificuldade para sustentar outros três filhos. E que seria mais difícil conseguir emprego com um recém-nascido. 

Relembre o caso

O bebê foi encontrado por uma mulher, enrolado em um cobertor, no estacionamento de uma igreja evangélica, na noite deste último domingo (20). Ela e o marido fizeram uma “vaquinhacom as pessoas da igreja para comprar um enxoval improvisado para cuidar do recém-nascido durante a noite. Na segunda-feira (21) de manhã, eles acionaram a GM e entregaram o bebê às autoridades. 

O menino foi levado à Maternidade de Campinas (SP) para fazer exames e permanecerá no hospital, até que o Conselho Tutelar definir quem terá a guarda definitiva do menino. Ele não apresentava ferimentos ou sinais de maus-tratos. Estima-se que a criança tenha entre 5 a 7 dias de idade.