O mês de janeiro ainda não chegou ao fim, mas ao menos cinco mulheres já morreram vítimas de feminicídio em cidades da região de Campinas. Nos últimos cinco dias, três mulheres foram assassinadas pelo namorado ou ex-namorado.
O levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP) ainda não foi divulgado com os números exatos de registros de feminicídio na região. Ainda assim, o número de casos que vieram a público chama atenção.
O último caso noticiado pela Band Multi aconteceu nesta terça-feira (24/01), em Campinas (SP), quando Isabel Bernardineli, de 52 anos, foi assassinada pelo ex-namorado. Ela tinha uma medida protetiva contra Stelio Fabiano Leite, mas isso não impediu que invadisse sua casa e cortasse seu pescoço com uma faca de pão.
Na madrugada desta segunda-feira (23), em Santa Bárbara D’oeste (SP), Rafaela Cristina Barroso da Silva foi morta a facadas e o principal suspeito é o namorado e pai do seu bebê de apenas 10 meses. Ela tinha 25 anos e era mãe de cinco crianças, que pediram ajuda aos vizinhos quando o crime aconteceu. João Vitor Alcantara permanece foragido.
A sequência de feminicídios não para por aí. No domingo (22), Luana Bezerra de Souza de Lima, de 29 anos, foi morta pelo ex-companheiro, Jorge Diniz Andrade, que confessou o crime e está preso. O caso aconteceu em Sumaré (SP).
Ainda neste mês, outra mulher foi assassinada em Campinas (SP) pelo marido. No dia 12, um homem matou a esposa de 38 anos a facadas, ligou para o Corpo de Bombeiros e ficou aguardando a polícia deitado ao lado do corpo. Ele confessou o crime e foi preso.
Logo no início do ano, no dia 2 de janeiro, uma mulher foi encontrada morta dentro de uma máquina de lavar roupas no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP). O marido dela, com quem tinha um filho de 6 anos, confessou o crime. Regina Lima da Silva Costa tinha apenas 40 anos.
Assim como essas mulheres, que estavam ou estiveram em relacionamentos violentos e abusivos, outras podem estar nessa situação. A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes.
As denúncias não precisam ser feitas apenas pelas vítimas, testemunhas que presenciaram o crime ou perceberam uma situação fora do comum devem acionar as autoridades como Guarda Municipal pelo 153 ou a Polícia Militar pelo 190.