Medo de ser roubado ou furtado impulsiona mercado de seguros para smartphones

Dados revelam que 35% dos brasileiros já tiveram o celular roubado ou furtado ao menos uma vez no ano passado, de acordo com a pesquisa da Mobile Time/Opinion Box

*Rafaela Oliveira

A contratação de seguro aumento de 5% na região de Campinas Reprodução/fstop123
A contratação de seguro aumento de 5% na região de Campinas
Reprodução/fstop123

Diante do alto número de roubos e furtos, o mercado de seguros para smartphones cresce na Região de Metropolitana de Campinas (SP). Segundo a Porto Seguro, umas das maiores empresas do setor no Brasil, a contratação de seguro aumento de 5% em Campinas, Valinhos, Vinhedo, Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Itatiba, no último ano.  

Jessica Mateus, de 24 anos, teve o celular furtado em fevereiro deste ano. A jovem conta que estava dentro de um carro, parada no semáforo, quando um homem se aproximou, tirou o aparelho de suas mãos pela janela do veículo e saiu correndo. Ainda faltava nove prestações de R$ 275,00 para ela terminar de pagar o aparelho. A jovem não tinha seguro e o smartphone, mesmo com rastreador, não foi recuperado. 

O medo de passar por uma situação parecida com a de Jessica Mateus, que permanece pagando o celular furtado, impulsionou o mercado de seguros para aparelhos celulares. Aliado a isso, existe o alto número de furtos e roubos. Em janeiro e fevereiro deste ano, foram registradas 31.610 ocorrências de roubo de celular em São Paulo, de acordo com dados da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo). A taxa é menor comparada ao mesmo período antes da pandemia, que teve 43.380 casos registrados.

No entanto, Walmando Fernandes, gerente da Porto Seguro em Campinas, alerta que “com a retomada das atividades presenciais, shows e a maior circulação de pessoas nas ruas centrais das cidades, a tendência é o aumento de furtos e roubos. Com isso, cresce também a procura do seguro para os smartphones, que oferece cobertura contra roubo e furto. ”.

No país onde o número de aparelhos celulares é superior ao número de habitantes, a preocupação com a segurança do item tem se mostrado cada vez maior. As empresas, notando esta tendência, amplificaram e começaram a oferecer o serviço. Como é caso da Nubank, uma das maiores plataformas digitais de serviços financeiros do mundo. A empresa lançou o Nubank Celular Seguro em fevereiro deste ano. 

“O Brasil está entre os maiores mercados de smartphones do mundo, com mais de 240 milhões de celulares, mas também tem uma taxa de furtos e roubos muito alta”, afirma Livia Chanes, vice-presidente de Produtos do Nubank. 

Além do custo financeiro, os usuários buscaram evitar as “dores de cabeça”, como é o caso de Thomas Alexandre, de 21 anos, que depende do aparelho para trabalhar como motoboy. Segundo ele, seu principal medo é ser roubado e não ter como substituir. No final das contas, ele diz, “os R$ 400,00 que gastou com o seguro compensa”, pois assegura o investimento de R$ 3.400,00 no aparelho.  

“O telefone celular se tornou uma peça-chave para a conexão com pessoas e até em gerenciamentos importantes, como as nossas finanças. Ao se deparar com situações desagradáveis como essa, em vez de se tornarem uma despesa inesperada de um dinheiro que poderia ser usado para outro sonho ou objetivo”, reforça Livia Chanes, sobre a importância do aparelho na vida das pessoas.

*Sob supervisão de Rose Guglielminetti. 

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