Mercado interditado não possui alvará e está registrado como transporte rodoviário

A licença da Vigilância Sanitária do estabelecimento venceu em dezembro de 2024

*Daniel Rosa

Mercado interditado não possui alvará e está registrado como transporte rodoviário
O estabelecimento não possuía alvará de funcionamento e estava registrada como transporte rodoviário
Fotos/Divulgação

O mercado do Centro de Campinas (SP) que foi interditado pela Vigilância Sanitária nesta quarta-feira (9) não possui alvará de funcionamento e o comércio está registrado como transporte rodoviário. As informações são da Prefeitura de Campinas. No local, foram encontrados medicamentos, alimentos fora da validade e produtos para ozonioterapia.

Uma equipe de investigadores da Polícia Civil esteve no local após uma denúncia anônima. Ao ser questionado sobre mercadorias suspeitas, o dono afirmou ter recebido os produtos de moradores de rua e alegou desconhecer a procedência.  

Além disso, foram encontrados medicamentos no local, o proprietário disse que os eles seriam para uso pessoal, mas a quantidade e variedade levantaram suspeitas de comercialização irregular para a polícia. Outro ponto foi a identificação de cigarros de origem paraguaia à venda, sem documentação que comprovasse a legalidade da aquisição. 

Diante das irregularidades, a Polícia Civil solicitou perícia no local e acionou a Vigilância Sanitária. Os produtos identificados como oriundos de crime foram apreendidos. Já os alimentos vencidos foram deixados sob responsabilidade da Vigilância Sanitária. 

O proprietário foi preso por receptação e crime contra as relações de consumo. A Polícia Civil segue investigando o caso para apurar possíveis crimes como receptação, venda de medicamentos sem autorização e infrações sanitárias. 

A equipe de investigadores também encontrou insumos e equipamentos usados para ozonioterapia, incluindo frascos, cápsulas, carimbo com o nome do comerciante e receituários. O dono do mercado disse que chegou a usar tais métodos para tratar moradores de rua, mas sem possuir formação em saúde ou registro profissional.  

Porém, a polícia considerou a ausência de indícios de que o imputado continuava tratando pessoas com ozonioterapia, e que não pode afirmar em que época ele deixou de realizar os tratamentos, além de que os objetos relacionados foram, em tese, adquiridos licitamente e não foram apreendidos. No entanto, para fins de investigação posterior, foi registrada a presença de tais objetos no local dos fatos em fotos e vídeos. 

*Estagiário sob supervisão

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