Morre Wlamir Marques, “O Diabo Loiro”, ídolo da Seleção Brasileira de Basquete, aos 87 anos

Wlamir conquistou títulos pelo XV de Piracicaba, Corinthians e Seleção Brasileira; é um dos nomes no Hall da Fama do basquete

*Daniel Rosa

Wlamir Marques recebeu um busto na sede do Corinthians em homenagem a sua história com clube
José Manoel Idalgo/Agência Corinthians

Faleceu Wlamir Marques, um dos maiores ícones da história do basquete mundial, aos 87 anos, na manhã desta terça-feira (18), em São Paulo (SP), após um período internado na UTI de um hospital particular na capital. O velório será aberto aos fãs e acontece nesta quarta-feira (19), na Av. Francisco Falconi, 837, São Paulo, a partir de 13h30, e vai até 17h30. 

O “Diabo Loiro”, ou o “Disco Voador”, como era conhecido, foi ídolo do XV de Piracicaba, Corinthians e Seleção Brasileira, além de ter entrado para o Hall da Fama do Basquete. Natural de São Vicente (SP), Wlamir teve uma carreira brilhante que se estendeu pelas décadas de 1950, 1960 e 1970, ele foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso do basquete brasileiro em torneios internacionais. 

Por clubes, Wlamir conquistou o Campeonato Paulista de 1957 e de 1960 pelo XV de Piracicaba, além dos campeonatos estaduais do Interior, nas edições de 1955, 1957, 1958, 1959 e 1960. Pelo Corinthians, o Diabo Loiro foi tricampeão do Campeonato Brasileiro e do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões. Sua história com o Timão rendeu um busto na sede do clube, além do ginásio de basquete ter recebido o seu nome. 

Sua trajetória foi marcada por atuações memoráveis que o levaram a conquistar títulos importantes pela Seleção Brasileira. Entre suas maiores conquistas estão o Bicampeonato Mundial, dois vice-campeonatos Mundiais, duas Medalhas Olímpicas uma de bronze nos Jogos de Roma (1960) e outra de bronze nos Jogos de Tóquio (1964), além de títulos nos campeonatos Sul-Americanos e Pan-Americanos.

Wlamir Marques atuando pela Seleção Brasileira de Basquete - Crétidos: Divulgação/CBB

Além de ser membro do Hall da Fama do Comitê Olímpico Brasileiro e do Hall da Fama da FIBA, Wlamir recebeu o Troféu Heims de Melhor Atleta da América do Sul em 1961 e a Medalha do Mérito Esportivo, duas importantes honrarias que refletem sua enorme importância para o esporte nacional e internacional. 

Sua trajetória vitoriosa também inclui quatro títulos Sul-Americanos, entre 1958 e 1963, um feito que consolidou sua posição como uma das maiores referências do basquete mundial. 

“Wlamir foi um dos maiores de todos os tempos a quicar uma bola laranja. Um gênio. Incrível dentro de quadra. Flutuava. Nos ajudou a tornar o Brasil uma potência no basquete. Hall da Fama. Um herói. E fora de quadra, era de uma simplicidade curiosa. Um humor sagaz. E também um gênio. Amigo e crítico quando preciso. Já faz uma falta imensa ao nosso esporte. Meus pêsames à família. Vai-se o homem, fica a lenda” citou Marcelo Sousa, presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB). 

 *Estagiário sob supervisão

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