A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (10), a Operação Copia e Cola, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos destinados à Saúde do município de Sorocaba (SP). Ao todo, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços investigados, estão a Prefeitura de Sorocaba, a casa e o gabinete do Prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), a Secretaria de Saúde da cidade, o Diretório Municipal do partido e a casa do ex-secretário da saúde, Vinícius Rodrigues. Também foi determinado o sequestro de bens e valores em um total de até R$ 20 milhões.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Sorocaba (SP), Araçoiaba da Serra (SP), Votorantim (SP), Itu (SP), São Bernardo do Campo (SP), São Paulo, Santo André (SP), São Caetano do Sul (SP), Santos (SP), Socorro (SP), Santa Cruz do Rio Pardo (SP) e Osasco (SP), além de um mandado de busca e apreensão na cidade de Vitória da Conquista (BA).
Segundo a Polícia Federal de São Paulo, não foram feitas prisões e não houve condução coercitiva. Algumas pessoas foram intimadas e serão ouvidas, mas elas não são alvos da investigação; elas são testemunhas de interesse da investigação.
De acordo com informações divulgadas pela Polícia Federal de São Paulo, houve contagem inicial de apreensão de dinheiro e, até o momento, o valor é de R$ 863.854,00. De acordo com os policiais, as caixas estavam no veículo de um dos investigados, relacionado a uma entidade religiosa e identificado como parte do núcleo criminoso, que realizava movimentações financeiras e pagamentos de contas de outras integrantes. Quanto ao dinheiro apreendido em Sorocaba, ainda não houve contagem.
Também foram apreendidas armas: seis armas de longo calibre, 11 pistolas e diversas munições de calibres diversos.
A investigação teve início em 2022, após suspeitas de fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) para administrar, operacionalizar e executar ações e serviços de saúde no município de Sorocaba (SP). Também foram identificados atos de lavagem de dinheiro, por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.
Os investigados poderão responder, de acordo com suas condutas individualizadas, pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), peculato, contratação direta ilegal e frustração de licitação.
