Policiais civis da Divisão Especializada de Investigações Criminais, a Deic de Sorocaba, em ação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, do Ministério Público, deflagraram na manhã desta terça-feira (14/02) uma operação para prender suspeitos de integrar uma organização criminosa. Um homem de 47 anos e a esposa dele, de 42 anos, foram presos na casa em que moravam em um condomínio de alto padrão. Segundo a polícia, eles “se denominam” pastores e fundadores de uma igreja evangélica com sedes em Sorocaba e no Rio Grande do Norte.
Os policiais e promotores cumpriram seis mandados de busca e dois de prisão. As ações foram em dois condomínios fechados de alto padrão, um prédio comercial e em uma igreja evangélica em Sorocaba. Em Araçoiaba da Serra, um mandado foi cumprido em um condomínio fechado, além de um imóvel em Itu.
Segundo as investigações, o casal é suspeito de integrar uma das maiores organizações criminosas do país. A função deles, de acordo com informações, seria lavar o dinheiro das operações criminosas. A operação é um desdobramento de uma investigação do Ministério Público do Rio Grande do Norte, estado em que nasceu o suposto pastor.
Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos celulares e documentos. Tudo será encaminhado para a perícia da Polícia Científica. A análise dos objetos fará parte das investigações que vão continuar para determinar se mais pessoas integram o esquema de lavagem de dinheiro.
O homem já foi preso em fevereiro de 2019 em Sorocaba quando deixava a igreja. Na época, ele era procurado por tráfico de drogas e se escondia da polícia usando documentos falsos. Segundo os policiais e promotores do Gaeco, ele tem uma extensa ficha criminal, com passagens por roubo, tráfico de drogas e uso de documento falso.
O homem foi encaminhado para a Cadeia Pública de São Roque e a mulher para Cadeia Pública de Cesário Lange. Os dois permanecem à disposição da justiça.
Acompanhe trechos da entrevista coletiva à imprensa, com os promotores do Gaeco, Claudio Bonadia e Luciana Andrade Maia, e com o diretor do Deinter-7, delegado Wilson Negrão: