PC localiza mais remédios oncológicos furtados de farmácia judicial em Campinas

Foram apreendidos medicamentos que valem entre R$ 50 mil e R$ 10 mil a unidade

Da Redação

PC localiza mais remédios oncológicos furtados de farmácia judicial em Campinas
Médicamentos foram apreendidos em Vitória (ES)
Polícia Civil

A Polícia Civil de Campinas (SP) localizou, nesta segunda-feira (8), uma nova remessa de remédios furtados de uma Farmácia de Alto Custo da cidade, que fornece medicamentos de alto custo, proibidos para venda no Brasil, em um aeroporto de Vitória (ES). 

Foram apreendidos um medicamento contra leucemia, que custa R$ 50 mil a unidade, e outro, contra câncer de estômago, intestino e pâncreas, que vale cerca de R$ 10 mil. O segundo precisa ser mantido refrigerado, mas foi encontrado numa caixa de isopor, colocando em risco quem poderia receber esse medicamento.

Os policiais ainda procuram um homem acusado de participar do esquema de desvio de medicamentos. Na última semana, um servidor público, a esposa e a enteada dele, foram presos por envolvimento no furto de mais de R$ 1,1 milhão em remédios de uma Farmácia de Alto Custo na Vila Itapura, em Campinas (SP). O foragido é marido da enteada do servidor público preso e atua como pastor da igreja evangélica da cidade. Ele é acusado de negociar com os receptadores.

O furto das 79 caixas de um remédio oncológico, que gerou um prejuízo milionário aos cofres públicos, pode ter sido o pontapé inicial para a polícia descobrir o esquema, mas a investigação aponta que não foi o único crime cometido pela quadrilha. Ao menos 12 remessas foram enviadas por vias aéreas pelos investigados. 

A polícia estima, de acordo com o depoimento dos suspeitos, que o servidor público do Departamento Regional de Saúde (DRS) preso vinha cometendo os furtos há mais de um ano. Com 61 anos, as autoridades confirmaram que o acusado atuava no serviço público há muito anos, mas não passaram mais detalhes para preservar sua identidade. 

Até o momento, ao menos quatro pessoas foram identificadas, mas, sem dúvida alguma, os investigadores acreditam que existam outros envolvidos no esquema. Além disso, as circunstâncias apontam que o esquema é muito maior e não se limita a furtos em Farmácias Judiciais apenas de Campinas (SP). 

Agora, a Polícia Civil prossegue as investigações para esclarecer quem comprava os medicamentos ilegalmente e outros envolvidos no esquema de desvio dos medicamentos.