Pedro Severino: conheça a carreira do jogador do Bragantino que sofreu acidente na Anhanguera

O atacante de 19 anos foi revelado pelo Botafogo e havia assinado com o Bragantino há menos de cinco dias

*Daniel Rosa

Pedro Severino: conheça a carreira do jogador do Bragantino que sofreu acidente na Anhanguera
Pedro Severino foi revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto e havia assinado com o Bragantino há menos de uma semana
Reprodução/Redes sociais

Pedro Henrique Severino tem 19 anos e é natural de Ribeirão Preto, onde nasceu em 30 de novembro de 2005. Atacante destro, ele foi revelado pelo Botafogo, camisa pela qual participou das últimas três edições da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Pedro estreou como profissional pela equipe de Ribeirão na Série B de 2023, em uma partida contra o Londrina, no dia 25 de novembro.  

O jovem teve uma participação no Paulistão deste ano, quando entrou em campo no empate em 1x1 entre Botafogo e Água Santa, no dia 30 de janeiro. Pedro tinha assinado com o sub 20 do Red Bull Bragantino há menos de uma semana, no dia 28 de fevereiro, e estaria emprestado ao time de Bragança pelo período de um ano. 

Pedro vinha de uma família ligada ao Botafogo. Seu irmão, João Victor Severino, atacante de 16 anos, jogou a edição deste ano da Copinha pela equipe de Ribeirão. E seu pai, Lucas Severino, de 46 anos, foi um atacante também revelado pelo Botafogo, mas que teve passagens pelo Athletico Paranaense, Cruzeiro, Corinthians e o Rennes, da França, além de ter tido passagens pelo futebol japonês e pela Seleção Brasileira Olímpica. O pai de Pedro pendurou as chuteiras do futebol em 2013, aos 35 anos, em última passagem pelo FC Tokyo. 

O acidente 

Pedro Severino sofreu um acidente de trânsito na Rodovia Anhanguera (SP-330), na altura de Americana (SP), na madrugada desta terça-feira (4). No mesmo veículo estava Pedro Castro, de 18 anos, também atleta do clube, que teve ferimentos leves e recebeu alta médica durante a tarde.

O carro em que estavam os atletas colidiu na traseira de um caminhão, de acordo com informações da CCR AutoBAn, concessionária que administra o trecho. Ambos os motoristas, do carro e do caminhão, foram submetidos ao teste do bafômetro, que deu resultado negativo.

Pedro Severino estava no banco dianteiro do passageiro e foi socorrido em estado grave, com traumatismo craniano, para o Hospital Municipal de Americana, onde passou por cirurgia e pode ser transferido a qualquer momento para o Hospital Albert Einstein, na capital paulista. Pedro Castro estava no banco traseiro e foi socorrido consciente, com ferimentos leves.

Devido à gravidade dos ferimentos, Pedro Severino foi imediatamente encaminhado para uma cirurgia de emergência. Em nota, o hospital informou que o procedimento foi realizado com sucesso, com foco no tratamento do traumatismo craniano. “Apesar da intervenção cirúrgica, o quadro do paciente permanece extremamente delicado. Ele está atualmente sob cuidados intensivos, com suporte respiratório, e seu estado é considerado gravíssimo pela equipe médica.”, completou a equipe médica.

Em nota, o Red Bull Bragantino informou que, no momento do acidente, “os jogadores retornavam do período de folga para apresentação ao clube” e que, “desde o momento em que foi notificado sobre o ocorrido, tem acompanhado de perto a situação dos atletas, prestando todo o suporte necessário.”

Morte encefálica: hospital inicia processo de confirmação 

O Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), confirmou, na tarde desta terça-feira (4), a abertura de procedimentos para a confirmação da morte encefálica de Pedro Severino de 19 anos, jogador do sub-20 do Red Bull Bragantino, que ficou gravemente ferido ao sofrer uma acidente de trânsito na Rodovia Anhanguera (SP-330), na madrugada de terça (4). O atleta passou por uma cirurgia de emergência para tratar um traumatismo craniano e segue internado em estado gravíssimo na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

De acordo com o último boletim médico divulgado, a abertura dos procedimentos para confirmar o óbito se deu após uma rigorosa avaliação e seguindo todos os protocolos médicos. “Para que seja confirmada a morte encefálica, além do exame clínico, que deve ser realizado por dois médicos diferentes, com um intervalo mínimo de uma hora entre o primeiro e o segundo, o paciente deve ser submetido a um teste de apneia e a exames complementares. Esse procedimento pode ter duração de até 24 horas após a abertura do protocolo, que aconteceu, às 16h30”, informou o hospital.

*Estagiário sob supervisão

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