PF cumpre operação contra crimes do meio ambiente e comércio ilegal de mercúrio

Ao todo, estão sendo cumpridos 63 mandados, em sete estados; investigação aponta para indícios de mais de duas toneladas do elemento químico comercializadas ilegalmente

Da redação

Material apreendido durante o cumprimento dos mandados  Divulgação/PF
Material apreendido durante o cumprimento dos mandados
Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) de Campinas e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (1°), a Operação Hermes (Hg), com o objetivo de apurar e reprimir crimes contra o meio ambiente, comércio ilegal de mercúrio, organização e associação criminosa, receptação, contrabando, falsidade documental e lavagem de dinheiro, em sete estados. Ao todo, estão sendo cumpridos 63 mandados, em sete estados. Na RMC, há cumprimento de um mandado em Campinas, um em Paulínia e um em Santa Bárbara d’Oeste. 

Ao todo, a PF cumpre cinco mandados de prisão preventiva, nove de prisão temporária e 49 mandados de busca nos estados do Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Pará, Rio Grande do Sul e Rondônia, em residências, sedes de empresas, depósitos e áreas de mineração.

De acordo com as investigações da PF, os crimes em apuração estão relacionados ao contrabando e acobertamento de mercúrio, produto destinado ao abastecimento de garimpos em estados da Amazônia Legal (Mato Grosso, Rondônia e Pará).

Além dos mandados, também foram determinados pela Justiça o sequestro e indisponibilidade de bens dos investigados em uma quantia de cerca de R$ 1,116 bilhão. A investigação da PF aponta para indícios de mais de duas toneladas de mercúrio comercializadas por métodos criminosos.

O principal objetivo da operação é eliminar um esquema criminoso de fraudes no CTF (Cadastro Técnico Federal), que é o sistema de controle de importação e comércio de mercúrio metálico, sob responsabilidade do IBAMA.

O controle de mercúrio é instrumento de proteção ambiental e defesa da Saúde Pública. O mau uso do elemento químico, que é tóxico, pode contaminar rios, comprometer animais e humanos, causando danos irreversíveis no sistema nervoso, podendo ainda levar à morte.