PF faz operação contra esquema de fraude nos Correios

O crime gerou um prejuízo de mais de R$ 150 mil

Por Da redação

PF faz operação contra esquema de fraude nos Correios
Agência dos Correios
Foto/MCom

A Polícia Federal (PF) em Campinas (SP) deflagrou na manhã desta quarta-feira (4) a Operação Cartas Marcadas, com o objetivo de desarticular um esquema de fraude contra os Correios, envolvendo um prejuízo de mais de R$ 150 mil. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas cidades de Campinas (SP) e Piçarra (PA), além do afastamento cautelar da ex-gerente da agência dos Correios em Piçarra (PA) de suas funções e bloqueio de bens dos investigados.

A investigação teve início em fevereiro de 2024, de acordo com a PF, e contou com o apoio da Área de Segurança Corporativa dos Correios. A ação revelou um esquema em que a gerente e única funcionária da agência dos Correios de Piçarra (PA), com a ajuda de familiares residentes em Campinas (SP), se aproveitava do serviço de encomendas com “Valor Declarado” para obter indenizações fraudulentas.

Como funcionava o esquema

Os levantamentos da PF indicaram que os suspeitos postavam encomendas em uma agência de Campinas (SP), com destino à cidade de Piçarra (PA), simulando que se tratava de objeto de alto valor e com a contratação do serviço de “Valor Declarado”, que possibilita o ressarcimento em caso de extravio.

A funcionária dos correios envolvida recebia fisicamente os objetos postais enviados pelos familiares, mas não os registrava no sistema, garantindo que fossem considerados perdidos. Em seguida, eram solicitadas indenizações pelos objetos perdidos, recebendo indevidamente o valor declarado.

Entre os meses de setembro de 2023 a fevereiro de 2024, os investigados receberam, através da fraude, R$ 54,8 mil em indenizações pagas pelos Correios. Alguns dos pedidos de ressarcimento por extravio foram negados, quando houve suspeita de irregularidade detectada pela Área de Segurança Corporativa dos Correios.

Os envolvidos poderão ser condenados pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa, com penas máximas que podem alcançar 27 anos.

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