A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira (SP) prendeu quatro homens, com idade entre 54 e 59 anos, acusados de liderar uma quadrilha especializada em roubos de cargas milionárias em rodovias no interior de São Paulo. Um quinto suspeito segue foragido. Os policiais civis prenderam os investigados durante a operação ‘Highway Pirates’ – piratas do asfalto, em tradução livre do inglês –, realizada nesta terça-feira (28). 

Os cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão foram cumpridos nas seguintes cidades paulistas: Carapicuíba, Campinas, Guarujá, São Roque e São Paulo. Quatro pistolas, quatro bloqueadores de sinais, três placas de veículo, além de munições, celulares, maconha, haxixe, cigarros eletrônicos e outros itens foram apreendidos na operação.

Em uma chácara ligada ao bando, em Juquitiba (SP), os investigadores encontraram duas pistolas e descobriram um bunker embaixo da área da piscina, onde foram localizados paletes de plástico com inscrição e logomarca das empresas assaltadas, o que confirma que o lugar servia para esconder as mercadorias roubadas.

Em nota,  Polícia Civil afirma que segue em busca do quinto suspeito, que está com um mandado de prisão em aberto. Os casos foram registrados na DIG de Limeira.

Investigação

A Polícia Civil começou a investigar a quadrilha após um roubo de carga de cigarros, avaliada em R$ 8 milhões, na cidade de Limeira (SP), em junho do ano passado. Na ocasião, os agentes prenderam dois suspeitos em flagrante e recuperaram a mercadoria. Outros dois roubos similares em regiões diferentes do estado foram analisados pelas equipes. 

Com informações sobre as lideranças do bando, que teriam arquitetado os crimes, a Polícia Civil pediu à Justiça cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão. 

Como os piratas do asfalto agem

Durante as investigações, os policiais civis descobriram que a quadrilha tinha como alvo sempre carretas e caminhões com cargas de alto valor aquisitivo. Durante a ação, os criminosos, fortemente armados com fuzis e pistolas, costumava usar bloqueadores de sinal, veículos clonados e violência na abordagem das vítimas.