
A Polícia Civil de Americana (SP) prendeu, nesta quinta-feira (30), dois suspeitos de terem matado um idoso, morador de Hortolândia (SP), que foi encontrado morto no Cemitério da Saudade, em Sumaré (SP), no dia 18 de janeiro. As investigações apontaram que um líder religioso, que está foragido, teria planejado toda a ação.
Segundo informações da Polícia, a vítima foi morta a tiros. Durante o cumprimento dos mandados de prisão, o autor dos disparos foi detido na residência do pai dele e confessou a participação no crime, detalhando o envolvimento de outros dois investigados. Na cidade de Vinhedo (SP), outra suspeita foi presa. Ela também confirmou o envolvimento no caso, confessando ajudou a colocar um cabo de vassoura nas partes intimas da vítima ainda viva e realizando a transferência de um pix do próprio celular da vítima para uma conta pertencente aos suspeitos.
De acordo com as investigações, o autor dos disparos foi funcionário e aprendiz da vítima, tornando-se amigo dela, além de seguidor da mesma religião. No dia do crime, ele teria convidado o idoso para acompanhá-lo em rituais religiosos. Após realizarem os rituais em um primeiro local, buscaram a outra envolvida e seguiram para o Cemitério da Saudade de Sumaré, onde ele teria dito que seria realizado um segundo ritual.
No cemitério, a vítima foi rendida e forçada a fornecer senhas bancárias, além de transferir dinheiro para uma conta e entregar pertences. Em seguida, a o idoso foi estrangulado e empalado ainda vivo com um cabo de vassoura. Depois, foi baleado na cabeça e abandonado no local.
No dia seguinte, uma nova transferência bancária esvaziou a conta da vítima. Os valores foram imediatamente repassados para o líder religioso, apontado como mentor do crime e destinatário final dos valores subtraídos. Após isso, o grupo seguiu para um local onde queimou o celular e os pertences da vítima, na tentativa de destruir provas.
Investigações
Segundo informações da Polícia Civil, as investigações indicam que o líder religioso utilizava de uma religião de matriz africana para coagir e amedrontar seus seguidores e, com isso, ter vantagens financeiras. Segundo um dos autores, ele foi forçado a cometer o crime por causa de ameaças do líder religioso a ele e seus familiares. No entanto, os depoimentos colhidos apresentam conflitos nas versões, e a motivação exata ainda está sendo apurada pela Polícia Civil.
*Estagiário sob supervisão