Polícia Federal de Campinas deflagra operação contra crimes no INSS em São Paulo

Investigação evitou prejuízo de mais de 9 milhões de reais à União

Polícia Federal de Campinas deflagra operação Custo Maior Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal de Campinas deflagra operação Custo Maior
Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (30) a operação Custo Maior, com objetivo de aprofundar investigações sobre irregularidades na concessão e estrutura de consultoria de atendimento por atravessadores a segurados do INSS em Campinas. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara Federal em Campinas, nas casas dos investigados que, atualmente, são moram na cidade de São Paulo.

A investigação apontou que havia mais pessoas envolvidas e não identificadas numa operação que foi deflagrada em agosto de 2018, que se relacionavam diretamente com um servidor do INSS que já foi demitido e condenado pela Justiça Federal.

No total, durante a apuração da operação, foram identificados 13 novos benefícios com ações destes atravessadores e que já foram pagos pelo INSS, somando o valor aproximado de R$ 2.180.000,00 de prejuízo à União.

Estima-se que a investigação e a interrupção dos 13 benefícios identificados evitaram o prejuízo à União próximo a R$ 9.160.000,00.

As irregularidades e infrações legais constatadas foram: atendimento privilegiado com dispensa de senha ou de comparecimento pessoal quando exigido; reunião externa, inclusive em finais de semana e períodos noturnos; coleta ou entrega de documentos fora da agência do INSS; retenção e armazenamento de documento em locais não autorizados; manipulação da agenda; cálculos em desconformidade à legislação e inserção de informações falsas no sistema da Previdência Social.

O nome da operação faz alusão ao acréscimo do impacto das fraudes à Previdência Social em relação à fase anterior denominada Custo Previdenciário, que já havia evitado mais de R$ 4.200.000,00 em fraudes.

Os investigados responderão pelos crimes de inserção de dados falsos no banco de dados e de associação criminosa do Código Penal. As penas podem chegar aos 15 anos de prisão.

Os materiais apreendidos serão encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Campinas.

As investigações são da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e Previdência e do INSS, baseadas em análises de materiais apreendidos na operação Custo Previdenciário, deflagrada em agosto de 2018, em Campinas.