
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), palestrou nesta segunda-feira (17) para alunos do ensino médio da Escola Estadual Culto à Ciência, em Campinas (SP).
Além do encontro com os alunos, o ministro também participará da 11.ª edição do Diálogos da Magistratura, no Fórum de Campinas. Promovido pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o programa se caracteriza pela realização de uma série de encontros presenciais entre magistrados e o chefe do Poder Judiciário, em que são apresentadas as principais medidas em andamento no CNJ.
A edição campineira do Diálogos da Magistratura tem o apoio do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, do Tribunal de Justiça de São Paulo, da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV) e da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis).
Escola e Justiça
O Supremo afirma que o objetivo do evento na escola Culto à Ciência é propor uma reflexão sobre valores, integridade e conhecimento, passando pela proteção da democracia, ética na revolução tecnológica e pelas mudanças climáticas.
Antes da palestra, o presidente visitou o acervo histórico da escola, que tem 150 anos. Também assistiu a uma apresentação musical e recebeu as boas vindas do professor Nivaldo Vicente, diretor regional de ensino de Campinas.
Em sua fala, o ministro contou um pouco de sua trajetória educacional, como estudante, professor, advogado e depois, ministro. “Adoro entrar na sala de aula, sou presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça. Trabalho à beça, mas dou aula sempre que posso, participo de bancas de doutorado com frequência e publico artigo no exterior e no Brasil uma vez por ano. Adoro ser professor, é onde eu me realizo”, disse aos estudantes.
O presidente do STF e do CNJ explicou aos alunos sobre conceitos de democracia e de ditadura e abordou a importância de todos trabalharem para manter a democracia. Também falou sobre o aquecimento global e o papel de todos para continuidade da vida na terra, defendendo uma transição energética para energia solar, eólica ou biomassa.
“Democracia significa que somos todos livres e iguais e, portanto, igualdade de gênero, igualdade racial, não reproduzir o racismo estrutural que marcou a história brasileira, respeito às pessoas na sua orientação sexual – o que vale a vida são os nossos afetos – são causas da humanidade. A vida é uma festa e que todos possam entrar pela porta da frente”, destacou o ministro.