Enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras da Rede Mário Gatti, autarquia responsável pelo atendimento médico de Campinas (SP), entraram em greve nesta terça-feira (17). A paralisação afetou o atendimento nos hospitais Mário Gattinho, Ouro Verde, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campo Grande, Padre Anchieta e São José.
Segundo os trabalhadores, a greve teve início porque a Rede Mário Gatti não repassou a verba enviada pelo Ministério da Saúde para complementar o salário dos profissionais e cumprir o piso salarial da categoria. Ao menos 70% dos profissionais estão parados, segundo sindicato dos trabalhadores da Saúde de Campinas (Sinsaúde Campinas).
Em nota, a Rede Mário Gatti informa que irá repassar recursos às empresas que prestam serviços nas unidades de pronto atendimento e prontos-socorros na área de enfermagem até sexta-feira (20). Ainda, afirma que a Administração Municipal trabalha para antecipar o prazo.
A Rede Mário Gatti explica que, como autarquia, não pode receber recursos diretos da União e o atraso do pagamento ocorreu devido a exigências de ordem jurídica. “Assim, o Fundo Nacional de Saúde repassou, em outubro, os recursos ao Fundo Municipal de Saúde. Por meio de um convênio que está sendo elaborado, o Fundo Municipal repassará os recursos à Rede Mário Gatti”, justifica. Outra exigência legal para os municípios foi a atualização no cadastro de profissionais na plataforma InvestSUS.
- Enfermeiros: R$4.750
- Técnicos de enfermagem: R$3.325
- Auxiliares de enfermagem e parteiras: R$2.375
Com o repasse, as empresas poderão cobrir a diferença salarial em relação ao piso nacional de seus profissionais que atuam na área de enfermagem. O repasse a ser pago às empresas dia 30 é referente ao período de cinco meses, de maio a setembro, e soma R$ 1,84 milhão.