De acordo com um laudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do governo do Estado de São Paulo, a queda da figueira centenária de 35 m de altura, ocorrida em 28 de dezembro do ano passado, na Região do Bosque dos Jequitibás, em Campinas (SP), foi causada pelo “esmagamento” da raiz da árvore. O gradil do parque e a calçada interferiram no desenvolvimento da raiz da figueira.
Na ocasião, a árvore caiu sobre um carro que passava pela Rua General Marcondes Salgado e causou a morte do motorista, Guilherme da Silva de Oliveira, de 36 anos.
Ainda de segundo o laudo do IPT, “no lado [da árvore] sujeito à compressão (“esmagamento”), as raízes de sustentação não se desenvolveram e também estavam dobradas”. A restrição de crescimento da figueira e o dobramento dessas raízes ocorreu devido à interferência da base de concreto do gradil do Bosque dos Jequitibás e da calçada do parque.
O documento também aponta que “o acúmulo de água da chuva no tronco, galhos e folhas, relatada no horário e local do acidente”, pode ter sido um fator agravante para a queda, aumentando ainda mais o peso da figueira. A existência de ventos fortes ou rajadas, que também poderiam estar associadas à queda, não foi confirmada.
O acidente
Um homem, de 36 anos, morreu após uma árvore de grande porte cair sobre o carro que ele dirigia, na manhã do dia 28 de dezembro do ano passado, na Rua General Marcondes Salgado, na Região do Bosque dos Jequitibás, em Campinas (SP). Além do carro, a árvore caiu também sobre três casas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, no momento em que eles chegaram ao local, não era possível saber quantas pessoas estavam no carro e nem o estado dos ferimentos. Foi preciso cortar a árvore e retira-la de cima do veículo para remover a vítima.
No momento da queda, uma senhora, de 80 anos, dormia em uma das casas que foi atingida. Ela foi removida do local sem ferimentos.