‘Rei do Queijo': Justiça manda soltar comerciante acusado de matar motorista

Ele se entregou à polícia neste último domingo (26), após seis meses foragido

Da Redação

‘Rei do Queijo': Justiça manda soltar comerciante acusado de matar motorista
Paulo José Peres, acusado de cometer o crime, é conhecido como Doca e Rei dos Queijos
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A Justiça revogou o pedido de prisão preventiva e soltou nesta terça-feira (28) o comerciante Paulo José Peres, de 54 anos, dono da loja “O Rei do Queijo”, em Campinas (SP). Ele se entregou à polícia neste último domingo (26), após seis meses foragido. O acusado responde por matar e ocultar o corpo do motorista de aplicativo Jean Carlos Santos Novais, de 26 anos, em Campinas (SP), em 18 de abril de 2023.

A decisão foi tomada durante uma audiência judicial, na qual foram ouvidas 14 testemunhas. Entre os motivos para o comerciante ser autorizado a responder ao processo em liberdade, então: ter confessado e se apresentado voluntariamente à polícia; a localização de fotos de José e da neta na nuvem de Jean Carlos e a falta de comprovação de uma dívida, no valor de R$ 50 mil, apontada pela acusação como a motivação para o homicídio. 

Relembre o crime

Jean Carlos Novais foi encontrado morto e enterrado em praça de Campinas (Crédito: Reprodução)

O corpo do motorista de aplicativo foi encontrado enterrado em uma praça no Jardim Vila Nova, em Campinas (SP), em frente à loja “O Rei do Queijo”, de propriedade do acusado. O jovem estava desaparecido desde o dia 18 de abril e foi encontrado no dia 27 de abril de 2023. 

De acordo com a Polícia Civil, Jean Carlos Novais havia saído para trabalhar na manhã do dia 18 de abril e, depois, não foi mais visto. Durante as buscas, o localizador no celular da vítima apontou os últimos lugares onde ele esteve, auxiliando a polícia a chegar ao local onde o corpo foi enterrado

O comerciante, dono da loja de queijos, confessou ter matado o motorista por asfixia. À polícia, Paulo José Peres contou que, primeiro, escondeu o corpo dentro do apartamento dele, que fica em cima do estabelecimento. Depois, já à noite, foi até a praça, que fica na rua Buarque de Macedo, e, com ajuda de um funcionário, abriu uma cova. Ele diz que o funcionário não sabia o que seria enterrado no buraco. No mesmo local já havia enterrado dois cães. 

O suspeito e a vítima já haviam trabalhado juntos. Em depoimento à Polícia Civil, o comerciante diz que o motivo do crime teria sido porque ele estava sendo ameaçado e extorquido pelo motorista de aplicativo. 

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