Saúde prevê desobrigar uso de máscaras nas escolas a partir de agosto

Comitê de Enfrentamento da Pandemia manterá as avaliações necessárias para validar ou reverter a decisão

*Rafaela Oliveira

 Campinas foi a única cidade de SP a manter a obrigatoriedade do uso de máscaras Divulgação/PMC
Campinas foi a única cidade de SP a manter a obrigatoriedade do uso de máscaras
Divulgação/PMC

Campinas prevê desobrigar que uso de máscaras nas escolas de Campinas, no mês de agosto, no retorno das férias de julho. A decisão foi tomada pela Secretaria de Saúde de Campinas, por meio do Comitê Municipal de Enfrentamento da Pandemia de Infecção Humana pelo novo Coronavírus (covid-19), nesta quarta-feira (22). 

A medida será possível porque os atuais dados epidemiológicos demonstram estabilidade e queda nos números de casos e de internação por covid-19 e por Síndromes Respiratórias Graves (SRAGs) em crianças, afirma o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa). 

Além disso, o departamento informa que outro fator que permite a decisão é que, conforme série histórica, há redução acentuada de casos sintomáticos respiratórios no mês de agosto, período não sazonal para circulação de vírus respiratórios em geral. 

Segundo o Comitê, serão mantidas as avaliações epidemiológicas necessárias para validar ou reverter esta decisão.  

“A análise de situação epidemiológica da covid-19 e demais doenças respiratórias é realizada sistematicamente e discutida em reuniões periódicas do Comitê Municipal de Enfrentamento da Pandemia (covid-19), estrutura em que são tomadas as decisões que visam assegurar a saúde da população campineira, sempre baseadas em indicadores epidemiológicos locais, de forma técnica e científica, desde o início da pandemia, em março de 2020”, explica a diretora do Devisa, Andrea von Zuben.   

Campinas foi a única cidade do Estado de São Paulo a manter a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes escolares fechados, desde o dia 18 de março deste ano, para que riscos iminentes de alta transmissão de covid e outras doenças respiratórias não se tornassem um real problema de saúde pública. 

 As escolas são ambientes de frequência obrigatória, permanência prolongada e grande número de presentes. Por isso, a medida foi essencial para o controle das doenças respiratórias sazonais da infância e para o enfrentamento da pandemia de covid-19 durante o período da nova onda pandêmica.  

A diretora do Devisa reitera que as medidas preventivas no combate à covid, como o uso de máscaras por pessoas suspeitas ou confirmadas de doenças respiratórias, higiene das mãos, entre outros, devem permanecer, em qualquer época e independentemente de qualquer regra. 

 Campinas foi a única cidade de SP a manter a obrigatoriedade do uso de máscaras

*Sob supervisão de Rose Guglielminetti.