A startup de biotecnologia BioMab, em conjunto com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), está desenvolvendo testes rápidos e baratos para detecção do HPV (Papilomavírus Humano), por meio de pesquisas chefiadas pelo docente do Instituto de Biologia, André Ricardo de Lima. O projeto tem como objetivo levar esses testes para as farmácias.
Os testes têm a capacidade de detectar duas proteínas-chave do HPV, L1 e E6, que quando encontrada em certa quantidade, pode indicar maior probabilidade de lesão causada pelo vírus. Os exames rápidos não serão capazes de identificar todos os tipos de HPV. O foco dos pesquisadores são os grupos 16 e 18, os causadores de 95% dos casos de câncer de colo de útero.
A expectativa dos pesquisadores é identificar grupos de grande risco com esses testes rápidos. Como mulheres que possuem lesões iniciais e vão desenvolver o câncer com o tempo, o que pode reverter positivamente a situação do tratamento.
O grupo de pesquisa teve início em 2018, quando a BioMab estabeleceu uma parceria de contrato e co-desenvolvimento com um grupo de pesquisadores da UNICAMP, e pesquisadores da própria empresa. Entretanto, a pesquisa foi suspendida durante a pandemia, no período de um ano e meio.
A infecção cervical ocasionada pelo HPV é, na maioria das vezes, transitória. Nos casos em que infecção persiste, há a presença de um subtipo viral oncogênico, podendo causar lesões e o câncer de colo de útero.
Vale ressaltar que o exame ginecológico que identifica essas lesões ou o HPV em si, é o Papanicolau, que coleta as células do colo do útero.
*Estagiária sob supervisão.