Os usuários da Academia Superação têm à disposição novos equipamentos de musculação e para melhora de condicionamento físico e flexibilidade. Foram adquiridas duas bicicletas ergométricas e duas esteiras com inclinação, uma cadeira extensora/flexora, um crossover e um espaldar. O investimento foi da ordem R$ 60,9 mil. Os equipamentos já foram montados e estão em uso.
A Academia Adaptada fica no prédio da Secretaria da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial de Rio Preto-SP e atende pessoas com deficiência. Para entrar no programa, é preciso laudo caracterizador da deficiência e atestado médico para prática de atividade física.
“Esses documentos são exigidos, porque a pessoa pode ter uma deficiência física e ter uma doença cardíaca, por exemplo. Assim, a partir do atestado médico, vamos definir o protocolo de exercícios daquele usuário”, afirma a profissional de educação física Olívia Maria Justo, da Secretaria da Mulher, PcD e Igualdade Racial.
Atualmente, 60 pessoas são atendidas e, caso haja necessidade, o acompanhante também, desde que apresente a documentação necessária. Os novos aparelhos vão incrementar o trabalho de fortalecimento dos membros inferiores, além do crossover, que possibilita executar exercícios para vários grupos musculares.
“Estamos muito felizes, porque atendemos todo tipo de deficiência, então esses equipamentos expandem nossas possibilidades de treinamento. Os exercícios melhoram a qualidade de vida, pois além da parte física, propicia inclusão e socialização”, complementa Olívia.
Menos dores
Acordar com menos dores e mais disposição. Esse é um dos efeitos de prática constante de atividade física na vida do promotor comercial Victor Walber do Nascimento, 27 anos, que é usuário da Academia Superação há um ano e seis meses. “Se eu não treino, começo a sentir dores nas pernas e no corpo de modo geral. Aqui, na academia, você treina sob orientação dos profissionais, que te auxiliam e orientam. Tenho muito mais ânimo agora.”
Outra usuária que colhe os benefícios de manter o corpo em movimento é Lucidalva Fernandes Cerqueira, 50 anos. Após um atropelamento em Santa Fé do Sul e um calvário de longos anos em médicos e hospitais por causa das sequelas do acidente, ela submeteu-se a uma amputação transtibial na perna esquerda, e faz 60 dias que recebeu uma prótese.
“Agora tenho uma nova vida. Sou muito feliz e agradecida. Cuido da minha saúde. Eu tomava um monte de remédio e hoje não tomo nenhum. Já fui passear no parque aquático e fiz coisas que antes eram impossíveis. Porque me dispus a buscar a saúde no exercício físico, que é maravilhoso. Projetei para o ano que vem voltar a fazer meus bolos e meus salgados, montar meu pequeno negócio”, conta.
O treinamento de Lucidalva inclui exercícios de força para os membros inferiores e superiores. “Como ela ficou muito tempo parada, a musculatura estava fraca, então, desde o começo, focamos no fortalecimento e adaptação do corpo para usar a prótese. Agora, ela chega na academia toda feliz, sem precisar da bengala. Como ela disse, não precisa mais de remédio. Atividade física auxiliou-a a ter autonomia”, diz o profissional de educação física Weverton Fernandes Viscone.
Informação: Bianca Zaniratto/Secretaria de Comunicação
